Milhares de pessoas sofrem com a maior tragédia da história em centenas de cidades gaúchas. Desespero e pânico foi o que viveu a família do atleta e professor de futsal Régis Wilborn, gaúcho e residente de Maringá.
Régis mora em Maringá há muitos anos, mas nasceu e viveu sua infância na cidade de São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre/RS. Ele tem sua família morando lá (pai, irmãos e sobrinhos), e conta que todos ficaram ilhados durante horas, sem energia e sem comunicação.
Antes da bateria do celular acabar, Bruna, sobrinha de Régis enviou um áudio relatando o momento de pânico vivido. “Muitas pessoas gritando, implorando para o barco resgatar, estou muito apavorada. Uma escuridão e a água só sobe”.
Quando o exército gaúcho chegou para o resgate, os familiares de Régis já se encontravam em situação desesperadora, com a água da cheia pelo pescoço, inclusivo com cães de estimação. “Meu pai, irmão e um sobrinho ficaram esperando resgate desde as 16 horas do sábado [4 de maio] e conseguiram ser resgatados às 23h. Foi uma situação bem complicada com todos no escuro e meu irmão gritando pedindo ajuda na janela”, explica Régis.
Após o resgate, todos foram levados a um abrigo na cidade de Portão (30 km de São Leopoldo) e ficaram por lá vários dias até a cunhada e irmão de Régis, que também mora em São Leopoldo, (só que numa região mais alta) conseguir acesso de uma rodovia que foi desbloqueada e levá-los à sua casa. Régis salienta que a situação em São Leopoldo, assim como centenas de outras é de tristeza e de muito prejuízo. “A água chegou no telhado da casa do meu pai e da minha sobrinha, então perderam praticamente tudo. Os mercados com poucos alimentos, pessoas se aproveitando da situação, casas sendo roubadas, está um caos”.
Situação atual
Régis comenta que a água segue bem alta na cidade de São Leopoldo, abaixando bem lentamente na região mais afetada, com muitos assaltos e milhares de pessoas ainda sem abrigo e alimento. “A água começou a ser restabelecida em alguns locais. Você imagina uma cidade de 230 mil habitantes, 180 mil desabrigadas”.
Devido aos alagamentos e interdições as pessoas não conseguem ir de um local a outro e se locomoverem para seus trabalhos, além de milhares de lojas e empresas totalmente sem condições de funcionamento. Ainda não existe nenhuma projeção de melhora e Régis faz um apelo. “A gente sempre pede uma força ao pessoal, porque vai ser muito complicado reiniciar a vida, praticamente do zero, mas graças a força do pessoal a gente vai dar a volta por cima se Deus permitir”.
Para ajudar a família de Régis
Chave Pix – celular: 51 99935-9735 – Edson Ricardo Wilborn