Em Maringá, o escritório do Núcleo Regional de Cultura do Noroeste será inaugurado nesta quarta-feira, 3 de julho, às 19h, no campus sede da Universidade Estadual de Maringá (UEM). A cerimônia está marcada para o auditório da Biblioteca Central (BCE).
Ao todo, a Secretaria de Estado da Cultura (Seec) vai lançar sete núcleos regionais para atender todas as macrorregiões histórico-culturais do Paraná.
Esses escritórios serão inaugurados de 3 a 5 de julho em Jacarezinho, Londrina, Maringá, Cascavel, Francisco Beltrão, Guarapuava e Ponta Grossa. Esta iniciativa conta com a parceria da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), que articulou a instalação de alguns núcleos em câmpus das universidades estaduais.
Os Núcleos Regionais de Cultura serão extensões da Seec, fortalecendo a difusão das políticas culturais e proporcionando atendimento próximo e eficiente aos agentes culturais e à população de todas as regiões do Paraná. A implementação dos novos espaços físicos visa diminuir as dificuldades de acesso às políticas culturais enfrentadas pelos agentes culturais.
Entenda
As macrorregiões histórico-culturais do Paraná são áreas definidas pela história e cultura locais, com o objetivo de atender melhor às necessidades culturais de cada região.
A UEM vai abrigar o NRC do Noroeste, que corresponde a maior macrorregião do Estado, com 114 municípios.
Funcionamento do NRC do Noroeste
Segundo a Assessoria de Comunicação Social/UEM, o NRC do Noroeste é coordenado por Cezar Felipe Cardozo Farias.
Apesar da recente abertura do espaço, Farias destaca que os trabalhos começaram remotamente em abril de 2023, com o primeiro contato com os gestores municipais de cultura dos 114 municípios da macrorregião. “Dividimos a macrorregião em cinco polos: Campo Mourão, Cianorte, Maringá, Paranavaí e Umuarama. A partir da conversa com esses grupos de gestores, percebi que temos múltiplas linguagens em cada canto dessa macrorregião. Agora vamos iniciar o levantamento dos trabalhadores da cultura da região”, explica Farias.
Com a inauguração do núcleo, Farias pretende replicar com os artistas o trabalho realizado com os gestores municipais.
Uma das principais dificuldades, segundo Farias, foi identificar os gestores municipais de cultura e entender a estrutura cultural de cada município, seja secretaria, departamento ou diretoria. “O maior desafio é convencer o poder público de que a cultura precisa sair do papel, não basta estar no plano de governo ou na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do município.”
A meta é entregar, até o próximo ano, um relatório detalhado do perfil histórico-cultural do Noroeste do Paraná. “Depois de falar com agentes culturais de todos os municípios, vamos fechar esse diagnóstico e entregá-lo à Secretaria de Estado, indicando as necessidades culturais do Noroeste do Paraná.”. Segundo Farias, em uma audiência pública em maio, a secretária de Cultura enfatizou a importância do interior expressar suas demandas para a modelagem de editais, conforme as necessidades regionais. “Somos facilitadores do acesso à cultura, tanto da sociedade civil quanto do poder público”, frisa.
O NRC também vai trabalhar na divulgação dos editais de fomento, destacando a execução da Lei Paulo Gustavo (LPG), a Lei Aldir Blanc (LAB) e a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB). “Os artistas se inscrevem nos editais e concorrem a essas vagas não para prestação de serviço, mas para fomento cultural. É uma nova forma de trabalhar, onde os agentes culturais são fomentados pelo trabalho que executam”, destaca.
O núcleo também funcionará como um polo da Agência do Trabalhador da Cultura, que opera em Curitiba, ajudando na divulgação de vagas do setor cultural.
Serviço
NRC do Noroeste
3 de julho, às 19h
Local: Auditório da Biblioteca Central da Universidade Estadual de Maringá – Bloco P03, Av. Colombo, 5790 – Zona 7