A Universidade Estadual de Maringá (UEM) se destaca como uma das principais instituições da América Latina em publicações científicas sobre biodiversidade. Ela foi reconhecida no Top 30 das universidades latino-americanas que mais produzem pesquisas nessa área, conforme um relatório divulgado pela editora acadêmica Elsevier, no dia 15. Entre as instituições brasileiras listadas, apenas a UEM e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) representam o estado do Paraná.
O Brasil tem um papel de destaque no ranking, com 22 universidades entre as 30 listadas, sendo 18 federais e quatro estaduais. Além do Brasil, o ranking inclui universidades de países como Argentina, Chile, Colômbia e México.
A UEM ocupa a quarta posição entre as universidades estaduais brasileiras, atrás apenas da USP, Unesp e Unicamp, sendo a 21ª colocada entre as brasileiras e 28ª na América Latina.
O reitor da UEM, Leandro Vanalli, destacou que esse reconhecimento reflete a dedicação da comunidade acadêmica da universidade, que tem produzido ciência de impacto global. Ele ressaltou a importância de continuar investindo em pesquisa e inovação, especialmente em temas fundamentais como a biodiversidade, que são essenciais para o desenvolvimento sustentável.
Para o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, Maurício Reinert do Nascimento, o destaque da UEM no ranking é resultado do trabalho de seus grupos de pesquisa, como o Nupelia (Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura) e suas iniciativas em agroecologia. Segundo ele, o Brasil tem feito investimentos estratégicos em biodiversidade, um tema vital para o país, que possui uma das mais ricas diversidades biológicas do mundo.
O vice-coordenador do Nupelia, Luiz Felipe Velho, também elogiou o desempenho da UEM, mencionando a importância de grupos de pesquisa como o PEA (Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais) e seus mais de 40 anos de contribuição para o estudo da biodiversidade no Paraná e no Brasil.
Além disso, a coordenadora do Nupelia, Susicley Jati, destacou a relevância de projetos de longo prazo, como o Peld (Pesquisas Ecológicas de Longa Duração), financiado pelo CNPq há 23 anos, e o Monitoramento de Macrófitas Aquáticas, realizado em parceria com a Itaipu Binacional desde 1995.
O relatório da Elsevier, que analisa a produção científica global sobre biodiversidade, revela que 32% das pesquisas são oriundas da Europa, enquanto 11% vêm da América Latina. O Brasil se destaca como o quinto maior produtor de pesquisas sobre biodiversidade no mundo, liderando na América Latina com 43,5% das publicações da região.
Esses dados mostram o compromisso da América Latina, em especial do Brasil, com a conservação da biodiversidade, que é de grande importância para o equilíbrio ecológico e para a pesquisa científica mundial.