O Projeto Som da Banda da Associação Cultural Banda de Música Branca da Mota Fernandes (ACBMF) apresentou repertório diversificado na manhã deste domingo, 27 de outubro, no Parque Alfredo Nyffeler, o Buracão, em Maringá.
O recital de 40 minutos integra a programação do “Música nos Parques”, viabilizado pelo Prêmio Aniceto Matti.
Segundo o maestro e professor Graziani Moraes, a apresentação foi marcada pelo ecletismo, ou seja, com escolha de músicas que pudessem agradar ao mais variado público que passava pelo Buracão. “Para mostrar também a versatilidade do grupo, da banda. O que uma banda sinfônica pode fazer. A gente pode fazer vários tipos de repertório”.
Pela dinâmica do local ao ar livre, o maestro conta que a apresentação foi mais curta do que o normal.
Cerca de 40 músicos fizeram parte da atividade deste domingo. Mas o grupo é bem maior, pois o projeto atende 180 pessoas, entre crianças, adolescentes, adultos e idosos. “Todas as idades”, acrescentando que o objetivo é atender a comunidade maringaense, com aulas gratuitas e os alunos/alunas não precisam ter instrumentos para participar.
Aliás, as atividades de ensino são ofertadas duas vezes na semana no período noturno, das 18h às 20h; e aos sábados, quando ocorrem os ensaios dos grupos artísticos. E um detalhe: além das aulas de música, é ofertada a dança.
O trabalho é desenvolvido atualmente no Colégio de Aplicação Pedagógica (CAP) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e na sede do projeto, que fica na avenida Monteiro Lobato, 1.120. Assim, quem quiser conhecer, pode visitar de terça a sexta-feira, à noite; e aos sábados, das 14h às 18h.
Origem no colégio Branca da Mota
O nome Associação Cultural Banda de Música Branca da Mota Fernandes, obviamente, tem origem no tradicional colégio estadual de Maringá. O projeto nasceu da fanfarra dessa instituição de ensino.
Ao final dos anos de 1990, era formada a Associação para buscar recursos e manter as atividades vivas, das bandas e fanfarras da Cidade Canção. Isso ocorreu de maneira isolada por mais de 20 anos. “Éramos a única até pouco tempo atrás”, recorda o maestro, comemorando que atualmente existem mais grupos desse porte no município, fortalecendo a tradição.
Mas desde 2008, a ACBMF não está mais no colégio Branca da Mota.
Trajetória
Formado em Música pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Graziani Moraes foi aluno do Branca da Mota e está envolvido com fanfarra desde 1989. Ele começou como corneteiro e migrou em 1991 para esse colégio.
Depois que saiu das cornetas, Moraes estudou trompete, que é o seu principal instrumento. Na volta a Maringá, recomeçou as atividades na ACBMF no início dos anos 2000 e deslanchou seu trabalho gestado em 2002.
Com especialização em regência, hoje ele é professor no projeto e coordena os ensaios. “Meu trabalho é principalmente a regência dos grupos”.
Segundo informações do site, no ano de 1999 foi constituída a Associação Cultural Banda de Música Branca da Mota Fernandes, com a finalidade de buscar através de leis e benefícios à cultura, à criança e ao adolescente, bem como parcerias com iniciativa privada e poder público, recursos para manter a estrutura da instituição funcionando.
Próximas apresentações
A próxima apresentação do Som da Banda será no dia 3 de novembro, a partir de 10h no Parque do Japão, dentro do “Música nos Parques”.
Depois, dias 14 e 15 de novembro, no Teatro Reviver Magó, com as áreas de dança e música, respectivamente. Ou seja, uma atração artística em cada data.
Na última sexta-feira, 25, a banda sinfônica fez um espetáculo com entrada gratuita também no Magó.
Apoio e manutenção
O maestro e professor explica que o projeto sempre precisa de apoio financeiro para manter suas atividades. “A gente quer cada vez mais poder ampliar o atendimento”, destacando que é importante levar a arte e a cultura para o maio número de pessoas.
“A gente precisa de patrocínio, principalmente para a Lei Rouanet”, explicando que a sobrevivência do projeto se concentra nesse tipo de mecanismo de fomento cultural. “Empresas que são tributadas por lucro real podem fazer destinação do Imposto de Renda para a Associação, em favor dos projetos”.
Já o “Música nos Parques” é viabilizado por meio do Prêmio Aniceto Matti.
E o projeto maringaense também participa do Fundo da Infância e da Adolescência (FIA). Dessa forma, pessoas físicas podem destinar parte do imposto devido para a instituição.
Mas é possível fazer patrocínio direto por meio da prestação de serviços, pois a Associação precisa, por exemplo, do transporte de instrumentos. “O que for de patrocínio, a gente está recebendo de braços abertos”, finaliza Moraes.
Inscrições no projeto
O Projeto Som da Banda está com inscrições abertas para novos participantes. Entre em contato pelo perfil no Instagram (@projetosomdabanda), mandando mensagem via DM, tanto para se inscrever quanto para apoiar.