Um setor que mobilizou R$ 4,6 bilhões no último ano em todo o planeta e que de 2022 para 2023 teve crescimento de 22%. Este é o mercado mundial de intercâmbios, segundo pesquisa realizada pela Belta, organização sem fins lucrativos que trabalha para a promoção de programas de educação global. Com expectativa de apoiar esse crescimento, será realizada em Maringá a primeira Expo Intercâmbio, reunindo agências do segmento e uma programação com debates e mesas-redondas sobre o assunto. O evento será em 10 de novembro, das 14 às 18 horas, no Hotel Metrópole.
A CI Intercâmbio será uma das expositoras. Há três anos em Maringá, a empresa possui desde cursos de idiomas a programas universitários e de pós-graduação. Segundo o sócio Fernando Soares, no dia a dia é possível perceber o quanto faltam informações sobre intercâmbio.
“Todo mundo acha que intercâmbio é muito caro, mas temos programas que duram duas semanas e custam a partir de R$ 5 mil. Há possibilidades para todos”, ressalta.
Para Anderson Carmona, também da CI, Maringá tem um grande potencial de crescimento no setor. “A feira na cidade vai trazer motivação para as pessoas que desejam fazem intercâmbio. Nem todo mundo sabe, por exemplo, que há programas para todas as idades, para quem quer tanto estudar quanto trabalhar no exterior”, destaca.
Experiência de intercambista
A professora de inglês Ana Paula Machado Marinuti pode ser considerada uma veterana em intercâmbios, pois viveu a experiência três vezes. A primeira foi quando estava no Ensino Médio e passou seis meses no Canadá em um programa de High School, aquele em que o estudante mora com uma família hospedeira enquanto estuda em uma escola local. Mais tarde fez dois programas de work and travel, com duração de quatro meses cada.
As duas experiências recentes foram vividas enquanto Ana Paula cursava a faculdade de Letras e trabalhava como professora. Ela esteve na Califórnia, nos Estados Unidos, e trabalhou em uma estação de esqui de 2022 para 2023 e depois de 2023 para 2024. “Para mim, o principal foi fazer algo que não poderia no Brasil. Aprendi a esquiar e fiz amizade com pessoas de vários países da América Latina. Alguns inclusive se tornaram amigos próximos”, relata.
Nos programas de work and travel, Ana Paula conta que trabalhou por um período de três meses e meio e depois teve de 15 a 20 dias para viajar. Para ela, houve também a motivação profissional para buscar o intercâmbio. “Foi bom para melhorar o inglês e porque gosto muito de falar de cultura com meus alunos. Muitos inclusive me procuram para aprender inglês com a intenção de viajar, então tenho a oportunidade de incentivá-los compartilhando minhas experiências”, diz.
A busca por aprender ou evoluir em uma língua estrangeira é a principal motivação dos brasileiros de todas as regiões que procuram programas de intercâmbio, segundo a pesquisa da Belta. A maior parte das agências que oferecem o serviço (54%) fica na região Sudeste, e a região Sul vem em seguida, com 11%. A maioria dos programas dura entre dois e sete meses, enquanto a principal faixa etária dos intercambistas é de 25 a 29 anos. Os países preferidos do público brasileiro são Canadá, Reino Unido e Estados Unidos.
Expo Intercâmbio Maringá
A 1ª Expo Intercâmbio Maringá será uma oportunidade para todos que têm interesse em fazer um intercâmbio. A feira reunirá instituições internacionais e agências locais para apresentar as melhores oportunidades para quem quer estudar, trabalhar e viajar para o exterior, trazendo as informações sobre destinos e programas de intercâmbio de ensino médio, idiomas, acadêmicos, profissionais ou culturais.
A entrada na feira é gratuita, mas a organização solicita a doação de produtos para PET, como ração, cobertores, brinquedos, que serão revertidos para a uma ONG local. O evento já passou por Blumenau/SC, Santos/SP e Ribeirão Preto/SP.
Veja também