Morreu na madrugada deste sábado, 9, o médico ginecologista Antonio Mestriner, de 94 anos, que chegou à região em 1957 e mora em Maringá desde o início da década de 1960. Ele foi governador do Rotary Internacional, Distrito 4630 e atuou como médico voluntário que prestava assistência às gestantes atendidas pelo Lar Preservação da Vida.
Neto de imigrandes do norte da Itália, que chegaram ao Brasil no final do século XIX para trabalhar em lavouras de café, Antonio Mestriner nasceu em Ribeirão Preto, São Paulo, se formou em 1957 pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil (atualmente, UERJ) e, em seguida, começou a trabalhar no Paraná, primeiro em São Jorge do Ivaí, depois em Maringá.
“Na década de 1960 vim para cá e nosso carro ficou atolado, ao tentar empurrá-lo, escorreguei e caí, ficando todo sujo da lama vermelha. Esse foi meu batismo com a terra do Paraná”, contava sempre sobre sua chegada ao Paraná.
Casado, pai de três filho, avô e bisavô, o doutor Mestriner era Cidadão Benemérito de Mariná, tendo recebido o título em 2014 por iniciativa do então vereador Ulisses Maia.
O amigo Cláudio Ferdinandi, diretor do UniCesumar, destacou que Antonio Mestriner e toda sua família trabalham em busca da solução de problemas da sociedade, com a confiança que “quem constrói uma sociedade digna são pessoas que dão exemplo e que fazem o bem para o próximo.”
Homenagem à irmã pintora
Homem de grande erudição, em 2013 o doutor Antonio publicou “A Saga de Odilla Metriner”, um livro fartamente documentado e ilustrado em que conta a história da artista plástica Odilla, que mesmo depois de atingida por uma grave doença infecto-contagiosa que lhe deixou com sequelas nos pés e mãos, tornou-se uma das pintoras mais importantes do Modernismo.
Com textos em Português e em Inglês, o livro teve prefácio escrito pelo amigo Laurentino Gomes, premiado escritor, autor do best-seller 1808 – Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil.
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