O respeitado historiador e escritor Miguel Fernando acaba de lançar oficialmente seu novo livro: “Poderes em Conflito: tributos e disputas políticas durante a grande crise do recém-instalado Município de Maringá (1952-1956)”.
Publicada pela Editora da Universidade Estadual de Maringá (Eduem), a obra é resultado da pesquisa de dissertação de Mestrado em História Política, defendida por Miguel neste ano, na UEM.
De acordo com o autor, que é idealizador do “Maringá Histórica” e ex-secretário de Cultura de Maringá, a história mostra como Maringá já nasceu em um cenário de disputas políticas e com instituições medindo forças. “O prefeito Inocente Villanova, em seu primeiro ato, precisou instituir o Código Tributário, e foi aí que começou a confusão. Parte da comunidade local, entre empresários e pessoas físicas, acreditou que o prefeito ‘pesou a mão’ nos impostos. Vale lembrar que os impostos eram recolhidos até então por Mandaguari, de onde Maringá era distrito. É aí que começam as disputas, de um lado Villanova tentando fazer valer a lei, de outro a Associação Comercial, recém-fundada, tentando mostrar que o prefeito estava errado. No meio deste embate, havia ainda a Câmara Municipal, agindo nos bastidores e mudando legislações para beneficiar alguns segmentos da sociedade”, explica, via site do Maringá histórica.
O lançamento ocorreu no auditório Miguel Kfouri Neto, na sede da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), neste segunda-feira, 25 de novembro, no início da noite.
O evento contou com a presença do prefeito Ulisses Maia, do secretário municipal de Cultura Paulinho Schoffen, do prefeito eleitor de Maringá Silvio Barros e do presidente em exercício da Acim Mohamad Ali Awada. Além de autoridades.
Sem contar também o historiador e professor universitário Reginaldo Dias, um dos principais nomes do pensamento maringaense. Ele também fez o prefácio do livro e orienta Miguel Fernando na pós-graduação.
“Poderes em Conflito” conta com o patrocínio da Acim, Eurogarden Maringá e McDonald’s. A editoração ficou a cargo da Sinergia Casa Editorial e sua realização foi do Cidades Históricas.