São várias máquinas que, até a próxima sexta-feira, ficarão no câmpus à disposição dos acadêmicos das agrárias
Os estudantes dos cursos ligados ao Centro de Ciências Agrarias (CCA), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), em particular os de Agronomia, estão fazendo, nesta semana, um mergulho na área da Agricultura de Precisão, como prática agrícola. Isso ocorre por meio de máquinas agrícolas transportadas da Cocamar Máquinas para uma área ao lado do bloco B-34, no câmpus sede da UEM, fruto de uma parceria da universidade com a empresa.
Organizador do evento, junto com a professora Cláudia Salim Lozano Menezes, do Departamento de Agronomia (DAG), o professor José Gilberto Catunda Sales, também do DAG, explica que esta experiência permite demonstrar que a produtividade das culturas está intimamente ligada à tecnologia, pela integração de ferramentas digitais, que forma um sistema que se chama telemetria. Menezes e Catunda ministram a disciplina Mecanização Agrícola do Curso de Agronomia.
“Esse sistema coleta e transmite dados de forma remota para o gestor, facilitando o monitoramento e a gestão das operações no campo. Essa Integração, de ferramentas digitais na agricultura, torna-se um grandioso avanço para segurança alimentar do planeta, promovendo maior eficiência, sustentabilidade e produtividade”, diz.
Ainda segundo Catunda, a parceria entre UEM e a cooperatiiva, que tem no seu portifólio a prática da Agricultura de Precisão, possibilita trazer as inovações tecnológicas que as máquinas agrícolas estão adquirindo. Lembrando que o deslocamento das máquinas ao câmpus foi viabilizado pelo gerente da Cocamar Máquinas, Carlos Santana, o professor sustenta que “nós, do curso de Agronomia da UEM, vemos, também, nessa dinâmica, uma inovação no desenvolvimento pedagógico das disciplinas da área de mecanização agrícola, que traz, para o acadêmico, uma experiência sensorial, com presença no câmpus universitário, de máquinas gigantescas, praticamente dentro da sala de aula”.
“Todas essas máquinas altamente tecnológicas e suas inovações, que se encontram expostas ao lado do bloco do Centro de Referência em Agricultura Urbana e Periurbana (CerAUP), não aparentam uma tendência e sim uma necessidade para um futuro mais sustentável e resiliente da agricultura e diretamente para o curso de Agronomia da UEM, que comemora também, no final de 2024, a primeira colocação no Paraná e na região sul do Brasil, ranqueado por diversos órgãos avaliadores”, assegura.
Para o coordenador do curso de Agronomia, professor Telmo Antonio Tonin, a vinda destas máquinas representa “sem dúvida uma excelente oportunidade de aprendizagem para os discentes dos cursos de agrárias da UEM, através da pareceria estabelecida entre a UEM e a Cocamar Máquinas”.
Conforme Tonin, a área de atuação do engenheiro agrônomo está em constante transformação e a revolução digital e o avanço tecnológico estão transformando o campo, cada vez mais conectado. “O profissional de Agronomia e, por que não falar, o profissional das ciências agrárias, precisa ser capaz de aliar conhecimento técnico com o domínio de tecnologias avançadas, como inteligência artificial e ferramentas de monitoramento”, diz.
Na avaliação do coordenador, o engenheiro agrônomo precisa mais do que nunca ser um facilitador de modo a orientar o produtor rural sobre as novas tecnologias. E, este, por sua vez, necessita ser capaz de traduzir as inovações em soluções que aumentem a produtividade, reduzam os custos por meio de um melhor gerenciamento da máquina, atinjam maior precisão nas operações agrícolas, com menor impacto ambiental, e fazendo com que a produção seja cada vez mais sustentável.