Amarildo Legal conta sua trajetória de vida e no dial

Natural de Londrina, radialista a 35 anos, 26 anos só de Maringá FM, Amarildo Legal tem uma voz inconfundível e é bem raro quem não o conheça, principalmente ouvindo ele nas ondas do rádio e na internet. Em Maringá, ainda aos 16 anos, trabalhou em uma fábrica de pipocas no Jardim América e já na época amava ouvir as rádios da cidade.

Alistou-se para o exército em 1988, morando em Sarandi e foi chamado para servir em Curitiba. Por lá, ficou pouco mais de um ano. Foi nesse momento que o Rádio começou a entrar de vez na vida de Amarildo dos Santos, seu nome de batismo. (O nome ‘Amarildo Legal’ surgiu por acaso, uma criação de conta de um e-mail). Nas horas vagas ele imitava locutor, narrava futebol, passava trotes no orelhão e chamava a atenção das pessoas a sua volta. Voltou para Maringá em 1990 e fez um curso para ser radialista.

“Aqui em Maringá só tinha a Maringá FM e a Cidade. Para você entrar nessas rádios tinha que ser o cara”, destaca Amarildo. Alguns meses depois em uma viagem a Tupã/SP, conheceu Paula, sua esposa atualmente. Nas primeiras conversas, Amarildo Legal a contou que gostaria de trabalhar com rádio. Paula, imediatamente disse que o pai dela conhecia o dono da rádio da cidade e mantiveram contato. Uma semana depois a ligação que mudou o destino e iniciou a realização do sonho de Amarildo Legal. Era Paula dizendo que seu pai havia conseguido uma vaga para Amarildo fazer um teste sem compromisso.

“Fiz o teste, passei, voltei, peguei minhas coisas e fui. Em 1º de outubro eu estava trabalhando na Tupã FM e Tupã AM, aí que tudo começou. O rádio AM é uma escola, você aprende a fazer entrevista, formular perguntas e o FM era um complemento”, explicou o radialista. Três anos mais tarde se casou com Paula, ainda em Tupã e logo depois fez outro teste, agora na Maringá FM. Em fevereiro de 1994, realizou mais um sonho que era trabalhar na emissora da Cidade Canção. Em sua primeira passagem, ficou por três anos. Decidiu voltar a Tupã para cuidar da saúde de sua filha e ficou por mais alguns anos até voltar para a região. Trabalhou durante três anos em Londrina e em 2002 voltou para nunca mais sair da Maringá FM.

Amarildo Legal é certamente um dos radialistas mais conhecidos e competentes de Maringá. Ele anima a torcida maringaense nos jogos do Maringá Futebol Clube no estádio Willie Davids, nos jogos de vôlei no ginásio Chico e já foi até repórter de campo em alguns jogos de futebol. “Se precisasse narrar eu narrava sem problema algum. Tanto que eu imitava no quartel o Oscar Ulisses. Narrei uma corrida de Kart uma vez, bem legal”, conta Amarildo.

Contato com os ouvintes

Principalmente após a pandemia da Covid-19 o contato físico do ouvinte presencialmente na Rádio diminuiu consideravelmente e a forma de interação cresceu através do WhatsApp. “Hoje ele vai mais na rádio para pegar um prêmio, quando vai algum artista, ele vai para conhecer, tirar foto, até esse lance de artista na rádio diminuiu drasticamente”, avalia o radialista. Antigamente as pessoas ouviam o locutor e criavam em suas mentes como seria a fisionomia do profissional através da voz. Hoje em dia, com as redes sociais a maior curiosidade é conhecer pessoalmente. “Eu faço muita formatura, aí as pessoas aproveitam para tirar fotos, assim como na rua. Eu tenho muito ouvinte criança e criança é o termômetro, se elas vão com sua cara é porque você realmente está fazendo um trabalho bacana”, salienta Amarildo Legal.

Assista a entrevista exclusiva com Amarildo Legal em nosso canal no YouTube: Jornal O Maringá