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Anjos da Guarda, grupo folclórico de Maringá, se prepara para novo ciclo do Boi

Por Cristiano Monteiro Martinez
18 de fevereiro de 2025
Ensaio realizado na noite desta segunda-feira, 17, na Casa Luanda (Crédito: Cristiano Martinez)

Ensaio realizado na noite desta segunda-feira, 17, na Casa Luanda (Crédito: Cristiano Martinez)

Símbolo da série da vida, o Bumba meu Boi é uma tradição popular difundida em Maringá há 30 anos pelo Grupo Anjos da Guarda. Após o encerramento do ciclo em dezembro de 2024, agora os integrantes estão envolvidos com os ensaios preparatórios para a nova fase que começará em junho de 2025 com o batizado do Boi.

“Agora, o Boi vai nascer em junho. A festa, o batizado do Boi, vai ser diz 14 de junho. Estamos preparando para isso. Tem os ensaios, a gente faz as oficinas dos bordados… todo esse preparo para chegar em junho e começar de novo o ciclo do Boi”, explica à reportagem o coordenador do projeto Valdeir Gomes de Sousa, o Mestre Valdeir, durante ensaio realizado na segunda-feira, 17, na Casa Luanda.

Até a grande festa, que terá também capoeira, maracatu e outras atrações, o grupo deverá fazer mais 16 sessões de preparação, normalmente às segundas-feiras. Na atividade, os participantes são divididos em dois grupos: um para ensaiar danças, os passos; outro, envolvido com a sonoridade.

Nesse quesito musical, trata-se de uma cozinha percussiva, formada por instrumentos como pandeiros, tambor onça, maracá e matraca. O detalhe é que os pandeiros em tamanho maior (os “pandeirões”) são afinados na fogueira preparada no momento do ensaio. O instrumentista regula no calor até achar o timbre ideal, definindo graves e agudados no tato e no ouvido. Aliás, o fogo tem toda uma carga de ancestralidade nessa prática cultural.

Mestre Valdeir explica que esses instrumentos são fabricados pelo próprio grupo. O pandeiro em tamanho maior pode ser utilizado com pele sintética, cuja afinação será feita mediante a regulagem das tarraxas; ou no modo tradicional, produzido com pele de cabra e madeira de jenipapo, afinado no calor do fogo. Aliás, essa madeira verga, mas não quebra. “A cultura brasileira é a única que tem esse instrumento”.

Agregar
Agregando pessoas, o grupo folclórico Anjos da Guarda se prepara para o novo ciclo do Boi, em junho, com a festa de batizado. Ao final do ano, haverá a cerimônia de morte no Guarnicê. “Todo ano tem esse ciclo”, destaca Mestre Valdeir, explicando que a trajetória do Boi simboliza a passagem da vida. “A gente nasce, cresce, vive, e um dia tem que partir”.

No caso do batizado, a festa é formada por várias toadas que são cantadas e dançadas, começando à tarde e terminando de noite, também na Casa Luanda. Haverá padrinho e madrinha, comidas e a escolha do nome para o Boi. O festejo em Maringá ocorrerá na mesma época que no estado do Maranhão.

Ensaio do grupo de músicos (Crédito: Cristiano Martinez)

Bem Imaterial
O Grupo Anjos da Guarda é tombado como Bem Imaterial de Maringá. Tal medida visa garantir a relação de pertencimento dos indivíduos que vivem essa manifestação, e que por meio dela partilham uma identidade coletiva.

Os Bens Culturais Imateriais são compostos por elementos intangíveis, como os fazeres, as formas de expressão, os ofícios, as festividades, as religiões e práticas de fé, as formas de falar, as celebrações, enfim, vários elementos que congregam indivíduos e criam sociabilidades.

Folguedo
Segundo o mapa de bens tombados da Secretaria Municipal de Cultura, a celebração do Folguedo Bumba Meu Boi, em Maringá, deriva de um projeto social, criado em 1995, pela entidade Anjos da Guarda. Trata-se de uma manifestação que se faz via momentos de dança, canto e teatro. “É uma festividade que difundi a cultura Bumba meu Boi, proveniente do Maranhão, e se revela um elemento importante do pensar, viver e fazer afrobrasileiro, neste estado e município”, diz o mapa.

Segundo o Mestre Valdeir, o projeto Anjos da Guarda surgiu na antiga Guarda Mirim em Maringá, envolvendo as crianças, em um projeto social de contraturno escolar sobre a tradição do Bumba meu Boi. Os pequenos tomaram gosto pela prática e hoje o grupo é formado por adultos. Inclusive, tem integrantes daquela época, de 30 anos atrás.

“Tem esse nome Anjos da Guarda porque começou na antiga Guarda Mirim e era com crianças. O pessoal falava: ‘Os Anjos do Valdeir’. E ficou Anjos da Guarda”, recorda.

Pandeiros em tamanho maior são afinados no fogo (Crédito: Cristiano Martinez)

Entenda
O Bumba Meu Boi é uma das mais importantes e tradicionais manifestações culturais do Brasil, especialmente no Nordeste. Com influências indígenas, africanas e europeias, teve origem no século XVIII.

A cidade de São Luís, no Maranhão, é considerada a capital do Bumba Meu Boi, que é tombado pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

Todos os anos, o ciclo do Boi começa e termina em duas festas: o nascimento/ batismo e a morte.

Toada no streaming
A toada “Beleza de Maringá”, do Anjos da Guarda, pode ser ouvida no serviço de streaming Spotify (link: linktr.ee/boi_anjosdaguarda). E também no YouTube.

Foto tem uma carga de ancestralidade no projeto (Crédito: Cristiano Martinez)

Casa Luanda
Sede do Grupo Capoeira Angola Dinda, do Baque Mulher Maringá e do Anjos da Guarda, a Casa Luanda foi reconhecida como ponto de cultura pelo Mistério da Cultura (MinC). Em todo o Brasil, cerca de 4.300 entidades receberam esse reconhecimento, com o objetivo de apoiar e promover iniciativas culturais de base comunitária, conforme a Política Nacional de Cultura Viva (PNCV). Esse é um marco muito importante para a nossa comunidade e para a preservação das tradições afro-diaspóricas aqui em Maringá.

O espaço foi criado para ser um ponto de encontro e preservação de três manifestações afropopulares: Capoeira Angola, Maracatu de Baque Virado e Bumba Meu Boi.

Além da legitimação institucional, a certificação permite fazer parte de uma rede de colaboração com outros pontos de cultura, o que nos possibilita ampliar nosso alcance, acessar novas políticas públicas e obter mais apoios.

Oficina
No próximo sábado, 22/fevereiro, tem oficina de bordado e saberes com o Mestre Valdeir a partir de 9h. A atividade é gratuita na Casa Luanda.

Grupo que ensaiou nesta segunda-feira (Crédito: Cristiano Martinez)

Serviço
Os ensaios do grupo Anjos da Guarda são feitos toda segunda-feira, na Casa Luada (av. Gastão Vidigal, 55), ao lado do colégio Campos Sales, em Maringá.

O ensaio é aberto a toda população, que será sempre bem-vinda para participar. Para mais informações, acesse o Instagram: @boi_anjosdaguarda

O projeto é aprovado pela Secretaria de Estado da Cultura – Governo do Paraná, com recursos da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura – Governo Federal.

Tags: Anjos da GuardaBem ImaterialBumba meu BoiCasa LuandadançaMaringáMatracaMúsicaPandeiroTambor onça

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