Atraído involuntariamente ao meio da confusão, por conta de um problema estrutural que estourou na segunda-feira, 3 março, o edifício Maria Tereza é um clássico da paisagem urbana de Maringá. Não foi o primeiro arranha-céu da cidade, mas tem sua importância histórica por ter sido um dos primeiros prédios no Centro, marcando o avanço da verticalização.
Segundo o Maringá Histórica, o alvará de construção do Maria Tereza foi liberado em 1961. Com 15 andares, 91 unidades habitacionais e localizado na avenida Getúlio Vargas, esquina com a XV de Novembro, as obras foram executadas pela Construtora Cruzeiro do Sul, enquanto que a comercialização se deu sob responsabilidade da Imobiliária Rotec, de Londrina.
Em meados de 1963, a construção foi paralisada. Foi quando o empresário Hélio Moreira a adquiriu e conseguiu finalizá-la.
“Naquela década mais de uma dezena de prédios como este tiveram expedidos seus alvarás pela Prefeitura. O Edifício Três Marias, também de Hélio Moreira, teve a documentação aprovada em 1962. O Cine Teatro Plaza, o Edifício Rosa, além do Edifício Hermann Lundgren, de propriedade das Casas Pernambucanas, são outros exemplos”, diz o famoso site dedicado à memória maringaense.
“Considerado por décadas um marco na arquitetura local, quando foi concluído o empreendimento se tornou objeto de desejo de muitos maringaenses que buscavam por segurança, conforto, requinte e localização, afinal, a sua vista é uma das mais privilegiadas da cidade, tendo a Catedral Nossa Senhora da Glória como um dos pontos de destaque”, escreve o Maringá Histórica.

Hoje o Maria Tereza tem um térreo com salas comerciais e os andares de cima residenciais, com uma parte de moradores idosos e que estão nesta edificação há décadas. Aliás, o problema estrutural se deu em coluna localizada em espaço comercial na esquina. Durante reforma, com o imóvel desocupado, uma empresa identificou a falha e contratou outra para realizar o reparo. Mas a estrutura colapsou e veio a evacuação dos moradores, com interdição de ruas.