A Colônia Penal Industrial de Maringá (CPIM), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), concluiu mais uma etapa de seu programa de qualificação profissional, oferecendo cursos de primeiros socorros, roçadeira e tratorista a 33 custodiados. A iniciativa visa proporcionar conhecimentos técnicos e práticos que ampliem as possibilidades de reinserção social e empregabilidade dos apenados após o cumprimento da pena.
O coordenador regional da Polícia Penal do Paraná (PPPR) em Maringá, Júlio César Vicente Franco, destacou a relevância da capacitação para o sistema prisional: “Projetos como este são fundamentais para garantir que os internos tenham oportunidades reais de mudança e reinserção na sociedade, reduzindo a reincidência e contribuindo para um ambiente mais seguro e produtivo para todos”, disse.
O diretor da CPIM, Silvino Molina de Sousa, também ressaltou a importância dessa parceria para a transformação dos internos: “Acreditamos que a educação e a qualificação profissional são os caminhos mais eficazes para a ressocialização. Oferecer esse tipo de oportunidade aos internos é investir na construção de uma sociedade mais segura”, finalizou.
Esta parceria entre a Polícia Penal e o Senar reforça o compromisso com a reinserção social dos custodiados, promovendo qualificação, conhecimento e perspectivas de um futuro melhor para aqueles que buscam recomeçar.
Para o professor Eraldo Moreira da Silva, instrutor do Senar e docente de geografia, essa turma teve uma característica especial: a maioria dos alunos era composta por pessoas experientes, conscientes de seus erros e próximas de concluir suas penas. “Essa turma foi diferente, porque a faixa etária é alta. São pessoas experientes, que se arrependeram do que fizeram e estão cientes de que precisam pagar por isso. Pelo que comentaram comigo, estão quase no final de suas penas”, destacou o professor.

O curso de roçadeira contou ainda com uma visita técnica a uma grande empresa em Maringá, onde os internos, acompanhados dos diretores e da equipe pedagógica, puderam conhecer de perto a estrutura e o funcionamento da empresa. Essa experiência prática proporcionou uma visão mais ampla sobre o mercado de trabalho e as oportunidades disponíveis para aqueles que buscam reconstruir suas trajetórias profissionais.
A capacitação profissional dentro do sistema prisional é uma ferramenta poderosa para reduzir a reincidência criminal e possibilitar novas perspectivas de vida para os internos. “É sempre gratificante trabalhar com pessoas privadas de liberdade, porque vejo o impacto positivo que essa capacitação tem sobre elas”, finalizou Eraldo.
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