A presença de técnicos da Itaipu Binacional em municípios do Oeste do Paraná gerou dúvidas entre alguns proprietários rurais. A empresa esclarece que o trabalho em andamento é exclusivamente um levantamento técnico para a instalação de uma nova rede altimétrica de alta precisão e não tem qualquer relação com a aquisição de terras para comunidades indígenas.
O projeto atualiza o mapeamento altimétrico da região, originalmente realizado nos anos 1970, durante a construção da usina. Com essa nova rede, será possível obter medições mais exatas do relevo, beneficiando futuros projetos de infraestrutura, como pontes e estradas.
Os marcos geodésicos, feitos de concreto, estão sendo instalados a cada três quilômetros em áreas de difícil alteração ao longo do tempo. Alguns estão localizados dentro de propriedades particulares, enquanto outros ficam em rodovias e terrenos públicos.
Segundo Henrique Gazzola de Lima, gerente da Divisão de Estudos da Itaipu, a instalação está dividida em lotes. Os dois primeiros, cobrindo a área entre Foz do Iguaçu, Cascavel e Marechal Cândido Rondon, já estão quase concluídos. O terceiro lote começou em Guaíra e avança ao longo da bacia do Rio Paraná, com trabalhos adicionais na área entre Mercedes, Guaíra, Quarto Centenário e Corbélia.
Até agora, 512 dos 1.400 marcos planejados já foram implantados. A gestora do contrato pela Itaipu, Roberta Dal Bosco Carletto, explica que a medição altimétrica é extremamente precisa, permitindo uma leitura real do relevo. Além disso, os marcos geodésicos contribuirão para modelos de previsão de água da usina, tornando a operação mais eficiente.
Cada marco tem sua posição e altitude medidas por satélite, e os levantamentos incluem nivelamento, gravimetria e outros dados essenciais para estudos topográficos e hidrológicos. A Itaipu reafirma que essa iniciativa visa exclusivamente aprimorar a infraestrutura da região, sem qualquer vínculo com questões fundiárias indígenas.