Um novo sistema de vigilância de óbitos vai ser implantado no Paraná, visando reduzir até 2030, 95% das mortes em decorrência da Tuberculose. A medida ajudará a identificar o itinerário do paciente acometido pela doença nos serviços de saúde e as fragilidades e determinantes de ocorrência do óbito.
A iniciativa faz parte do Plano Estadual pelo fim da Tuberculose no Paraná como Problema de Saúde Pública e está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
De acordo com a diretora de Atenção e Vigilância da Sesa, Maria Goretti David Lopes, o óbito por tuberculose é considerado um evento evitável. Ao realizar a vigilância dos óbitos com menção à doença nas causas de morte, é possível conhecer a trajetória que a pessoa percorreu na rede de atenção à saúde para que seja possível evitar outros casos.
“O novo sistema nasce para agregar as ações já existentes. Ele será estratégico e trará mais agilidade nesse caminho, podendo ajudar as equipes de saúde não só a avaliar quem contraiu a doença, mas também os contatos de casos novos diagnosticados a cada ano no Paraná”, enfatizou.
Números
Em 2024, foram notificados 2.704 casos novos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), sendo a incidência 23,6 casos a cada 100 mil habitantes. As Regionais de Paranaguá (1ª RS), Foz do Iguaçu (9ª RS) e Umuarama (12ª RS) tiveram a maior incidência de casos.
Vacina
Uma das formas de proteção contra formas graves da doença é a vacina BCG. Em fevereiro de 2024 o Estado iniciou a implementação desse imunizante nas 24 maternidades de alto risco do Paraná, além da maternidade Mater Dei, em Curitiba, que atendem gestações de alto risco. Até agora 14 dessas maternidades já receberam capacitação e orientação dos profissionais de saúde estaduais para a aplicação da vacina nos recém-nascidos.