A comitiva maringaense que foi a Leiria, Portugal, cidade irmã de Maringá, atua ao lado de autoridades portuguesas para viabilizar o projeto de construção do Parque Português em Maringá, o que pode trazer bons resultados para a economia e o turismo.
A comitiva cumpriu agenda com 150 empresários portugueses na busca de atração de novos investimentos e empresas para Maringá, na formalização de parcerias para aceleração de startups maringaenses em Leiria e para trocar experiências na produção e organização do Festival Medieval.
A comitiva de Maringá, liderada pela vice-prefeita Sandra Jacovós, se reuniu com o presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, e apresentou o local para a implantação do Parque Português. A ideia é que o atrativo turístico seja construído em um terreno do município de 18 mil metros quadrados na região do Eurogarden e reúna elementos arquitetônicos e grandes jardins europeus que remetem à cultura portuguesa, reforçando o acordo de irmandade entre Maringá e Leiria que completa 43 anos.
“Da mesma forma que temos o Parque do Japão, que é resultado da nossa irmandade com Kakogawa e um dos maiores atrativos turísticos da cidade, estamos trabalhando para que, em parceria com Leiria, possamos viabilizar o projeto arquitetônico do Parque Português. Assim como o Parque do Japão, que teve o projeto desenvolvido por arquitetos japoneses, queremos que esse novo espaço traga realmente as características da cultura portuguesa”, afirmou Sandra Jacovós.
Oportunidades de intercâmbio e negócios
No Centro Politécnico de Leira, referência internacional no ensino superior, a comitiva discutiu sobre projetos de intercâmbio entre instituições de Maringá e portuguesas. “A proposta é que estudantes maringaenses possam cursar parte da graduação em Leiria e receber diploma válido tanto no Brasil quanto em Portugal”, afirmou a vice-prefeita.

O secretário de Trabalho, Renda e Agricultura Familar (Setrab), Rogério Aparecido Bernardo, também apresentou Maringá para cerca de 150 empresários da cidade portuguesa, incluindo membros do BNI (Business Network International) e associação comercial locais, como um centro de oportunidade para negócios. Ele destacou que Maringá tem parques industrial e tecnológico, uma Zona de Processamento e Exportação (ZEP) em criação e outros incentivos para instalação de empresas e indústrias em Maringá.
“Também teve início a articulação de um intercâmbio entre startups de Leira e de Maringá, prevendo troca de conhecimento e, inclusive, incubação de startups maringaenses em uma aceleradora de Leiria. Também vamos trazer startups portuguesas para se aperfeiçoarem em Maringá”, completa Bernardo.
Novos atrativos turísticos e culturais
A comitiva da Prefeitura também acompanha a organização do evento ‘Leiria Medieval 2025’. A Prefeitura pretende realizar em Maringá um Festival Medieval, que se tornaria um novo atrativo turístico para movimentar a economia local. A exemplo do Festival Nipo-Brasileiro, já consolidado em Maringá e que fortalece os laços com a cidade-irmã Kakogawa, no Japão, o Festival Medieval será realizado em parceria com Leiria.
A vice-presidente da Câmara Municipal de Leiria, Anabela Graça, visitará Maringá em agosto para direcionar a organização do 1º Festival Medieval da cidade, previsto para novembro de 2026. Durante a visita, a representante portuguesa contribuirá na construção da programação cultural do evento, inspirada nos festivais realizados em Leiria. A agenda inclui feira de artesanato, gastronomia, apresentações de dança, música e teatro, além de cortejos, exposições, oficinas temáticas, rodas de conversa e orientações sobre plantas medicinais e ervas silvestres comestíveis, entre outras atrações.
O secretário de Cultura, Tiago Valenciano, destaca que o Festival Medieval será construído com participação da comunidade e valorização dos talentos locais. “A programação será elaborada com base nas características culturais de Maringá, garantindo identidade, envolvimento da população e interação dos artistas locais”, afirma.
Para a secretária de Aceleração Econômica e Turismo, Isolene Niedermeyer, ações de fomento ao turismo são fundamentais para consolidar Maringá como destino turístico regional, estadual e até brasileiro. “Além do Festival, que apresenta potencial para atrair visitantes e aquecer a economia local, também conhecemos detalhes sobre como Leiria promove o Natal. São experiências que somadas às nossas podem potencializar setores que já são vocações da nossa cidade”, comenta.
Outra oportunidade encontrada durante a missão abrange a música, tema em que Maringá e Leiria compartilham forte conexão. Conhecida como “Cidade Canção”, Maringá tem na arte musical uma das principais expressões culturais. Leiria, por sua vez, integra desde 2019 a Rede de Cidades Criativas da Música da Unesco e sedia ações inovadoras, como o maior show de banda de rock do mundo, com mil músicos tocando simultaneamente, e a instalação de instrumentos interativos na Praça Eça de Queiroz. “A proposta é conhecer essas experiências em Leiria e trazer inspirações para fortalecer políticas culturais em Maringá”, destaca o secretário de Cultura, Tiago Valenciano.
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