O relator do projeto, deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA) informou nesta quarta-feira (14) que o relatório e votação da proposta de privatização dos Correios foram adiados para agosto. A versão preliminar do relatório foi apresentada ontem na Câmara de deputados, mas como não houve acordo o tema será abordado futuramente, após o recesso do Congresso.
Para a aprovação do projeto de Cutrim será necessário que o governo aceite alguns pontos que foram levantados, que também preocupam líderes partidários: garantias de estabilidade de 18 meses aos funcionários, após a privatização; indenização correspondente a doze meses de remuneração; manutenção do plano de saúde pelo período de doze meses contados da adesão; programa de requalificação; plano de demissão voluntária (PDV) que poderá ser solicitada até 180 dias após a desestatização e a criação de uma tarifa social para pessoas que não possuem condições financeiras de utilizar o serviço dos Correios após a privatização.
No entanto o ministro da Economia, Paulo Guedes, deseja publicar o edital até o final de 2021, para que até o mês de março do próximo ano os Correios já estejam privatizados. O governo decidiu vender em leilão para um único comprador 100% dos Correios, retirando toda a participação da União na empresa.
O presidente Jair Bolsonaro disse em cerimônia de sansão de capitalização da Eletrobrás que está otimista com a privatização dos Correios: “Se Deus quiser, elas prosperarão (as privatizações) e o Brasil cada vez mais se tornará um país menos inchado”, afirmou.