A Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) realiza nesta terça-feira, 9, às 19 horas, no Teatro Antunes Filho, no SESC Vila Mariana, em São Paulo, a cerimônia de entrega do Prêmio ABCA, que contempla 18 categorias voltadas a artistas visuais, críticos, curadores, pesquisadores, gestores e instituições culturais de todo o Brasil em 2024. Um dos destaques desta edição é o coletivo Kókir, de Maringá, finalista do primeiro Prêmio seLecT de Arte e Educação e responsável pela criação do troféu do Prêmio ABCA 2025.
O coletivo Kókir é formado por Sheilla Souza e Tadeu Ta No Kaingang e , deixa sua marca colaborativa na Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) com a exibição de sua coleção Jógnam (pronuncia-se ióndug), que compõe a série de troféus do Prêmio ABCA, e a série Mordidas, as gravuras em caixa acrílica que serão distribuídas como Menção Honrosa durante a cerimônia.
O título Jógnam, que significa “mordida” em Kaingang, traduz a poética da série. Uma mordida aqui não é apenas um gesto físico, mas um símbolo multifacetado de dor, esperança e renovação.
O coletivo tece em suas obras o trançado, que na cosmovisão Kaingang representa o pensamento e a própria forma de existir. Ao unir elementos opostos e complementares, presentes na cosmovisão Kaingang, como as linhas longas do grupo clânico Kamé (sol) e as formas arredondadas do grupo Kainru (lua), o Kókir celebra a união de forças e a complementariedades.
As gravuras da série Mordidas são um testamento dessa resiliência. Elas também foram feitas partindo da observação da transformação de grades de ventiladores em fruteiras, feita pelo povo Kaingang do Ivaí na cidade de Maringá (PR).
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