O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná (Sindijor Norte PR), a Associação Paranaense de Imprensa (API), assim como a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), divulgaram notas de Repúdio condenando os ataques praticados no recinto da Câmara Municipal de Maringá contra jornalistas que faziam a cobertura da sessão e, consequentemente, da votação de um pedido de instauração de Comissão Processante para investigar atos da vereadora Giselli Bianchini (PP). As agressões verbais partiram de uma apoiadora de Bianchini identificada como Mirian Recco.
Para as entidades que congregam profissionais de Imprensa, o episódio expõe a vulnerabilidade dos profissionais dentro da Câmara, espaço que deveria garantir condições adequadas para o trabalho.
“Fomos assediados brutalmente. Sabemos que dessa vez foi uma senhora desequilibrada, mas poderia ser uma pessoa que se apresentasse armada”, alertou o jornalista José Carlos Leonel em declaração ao sindicato.
Leonel, diretor do portal de notícias e Web TV O Fato Maringá, estava na Sala de Imprensa da Câmara, junto com a repórter e apresentadora Ligiane Ciola, do O Fato Maringá, e o apresentador Clécio Silva, do Paraná Urgente, quando a defensora de Giselli Bianchini iniciou os ataques, que foram presenciados por outros jornalistas e até gravados em vídeo.
Numa atitude que foi comum e até incentivada em um período recente da história política do Brasil, a mulher passou a chamar os profissionais de imprensa de covardes, acusando-os de perseguir parlamentares.
As entidades reforçaram a solidariedade aos três profissionais de Imprensa e concordaram que atitudes como essa configuram afronta à liberdade de imprensa e ao direito constitucional de informar e ser informado.
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