O Festival Café Jazz & Blues, que aconteceu em agosto em Maringá, foi um sucesso, reunindo música de ualidade e cafés especiais em uma experiência cultural única. Conversamos com Michel Tamura, responsável pela Torre dos Cafés, para conhecer os bastidores da organização, a seleção dos artistas e a visão do festival.
Quando questionado sobre os critérios para a escolha dos artistas e como o festival buscou equilibrar a tradição do jazz e do blues com as particularidades culturais de Maringá, Michel explica:
“Cada cafeteria, ou marca de café, buscou artistas que tivessem identidade com a sua marca. Isso mostra a democratização da música e dos estilos. Vale lembrar que o Blues deu origem a muitos estilos musicais e a história da música passa por ele. Essa diversidade torna a do festival um evento extremamente democrático!”

O festival também se destacou por criar uma experiência sensorial única, integrando música e café em diferentes ambientes da cidade. Sobre essa integração, Michel comenta:
“O evento está acontecendo desde o dia 03 de agosto, tivemos apresentações que aconteceram nas ruas (em frente aos estabelecimentos), dentro de espaços fechados, durante os horários de atendimento e até mesmo em eventos exclusivos. Cada uma dessas ações criou um novo ponto de conexão com os #coffeelovers ou amantes de cafés especiais. Muitas dessas ações trouxeram – inclusive – novos clientes para os estabelecimentos, que puderam se conectar com as marcas de uma nova maneira.”
Para o futuro, Michel acredita que o festival pode se tornar um produto turístico relevante para Maringá.
“Penso que o festival tem grandes chances de se tornar um produto turístico. Principalmente se a cidade abraçar o evento. Como diria Jorge de Altinho: ‘uma andorinha só não faz verão’. Para entrar em uma cena nacional é importante que o poder público, as entidades, mais empresas, façam a adesão de projetos culturais como esse. Esse ano iniciamos com quase 30 cafeterias participantes da Rota dos Cafés Especiais. Mas quem sabe nos próximos anos, possamos ter programações musicais espalhadas pela cidade? Atrações gratuitas, democráticas, em mais estabelecimentos, do nacional ao local. Seria algo incrível para a cidade e região.”
Sobre a organização do festival e a forma como a ideia surgiu, Michel detalha:
“O planejamento envolveu diferentes cafeterias, marcas e parceiros locais. A ideia surgiu da vontade de criar uma experiência cultural que unisse música de qualidade e o universo dos cafés especiais em Maringá. Cada detalhe foi pensado para valorizar tanto os artistas quanto os estabelecimentos participantes.”
O Festival Café Jazz & Blues, assim, não foi apenas uma série de apresentações: foi uma ponte entre músicos, cafés e público, mostrando que a música pode democratizar experiências e criar vínculos culturais duradouros. O sucesso da edição de agosto abre caminho para futuras edições, que prometem ser ainda maiores e mais inclusivas, fortalecendo Maringá no mapa nacional de festivais de jazz e blues.
Empresário, publicitário e gestor, Michel Tamura vem se destacando no cenário de Maringá como uma das vozes mais ativas na defesa do turismo como vetor de desenvolvimento econômico e social. Formado em Publicidade e Propaganda com ênfase em Marketing, Tamura construiu sua carreira no setor privado, atuando em áreas como gestão, produção, comercial e logística, antes de assumir papéis de liderança institucional.
Presidente do Maringá e Região Convention & Visitors Bureau, entidade que recentemente adotou a marca Visite Maringá, sua gestão é marcada pela reestruturação administrativa e pela modernização da identidade institucional, com foco em aproximar o órgão da comunidade e do setor produtivo.

Além do envolvimento público e associativo, Tamura também empreende no setor de gastronomia. É sócio-proprietário do Café Tamura Street, café conceito que une design, experiência e serviços de coworking, reforçando a proposta de Maringá como uma cidade moderna e criativa.