Osvaldo dos Santos Pereira Júnior, de 33 anos, que sofria de transtornos mentais e vivia falando em discos voadores, extraterrestres e terrorismo religioso, já matou uma pessoa a golpes de faca e feriu outras, morreu nesta segunda-feira, 29, na Santa Casa de Maringá, onde estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) havia 40 dias, depois de ter sido baleado por policiais quando assediava pessoas com duas facas em uma unidade médica do Serviço Social da Indústria (Sesi).
Osvaldo chegou ao hospital no dia 19 de agosto intubado pelos socorristas do Samu que atenderam à ocorrência no Sesi, e desde então não chegou a ter melhoras significativas, piorando nos últimos dias, chegando a óbito nesta segunda-feira.
Ele foi baleado ao investir contra policiais. Segundo foi levantado na ocasião, o rapaz foi ao Sesi para um exame demissional, mas já na chegada mostrou estar transtornado. Ainda do lado de fora, com falas desconexas, ele teve problema com duas mulheres e correu atrás de um rapaz que tentou defendê-la.
Ele teria mostrado duas facas e como falasse de forma desconexa, funcionários do local informaram à polícia, que chegou ao Sesi no momento em que Osvaldo Júnior estava no ambulatório do psicólogo. Quando os policiais deram ordem para que se levantasse, o rapaz teria investido contra eles e acabou baleado.
Histórico de transtorno
Osvaldo dos Santos Pereira Júnior é a mesma pessoa que, quando tinha 27 anos, matou a facadas o estudante Orivaldo José da Silva Filho na madrugada de 17 de março de 2019 em um pensionato da Rua Mandaguari, próximo ao campus sede da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Ele morava nos fundos do pensionato e, durante a madrugada, invadiu o ambiente com uma faca na mão, feriu estudantes que dormiam e matou Orivaldo, que estava na cozinha.
Orivaldo, de 22 anos, era de Conchas, no Estado de São Paulo, e se preparava para ingressar no Doutorado em Química na UEM.
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