E eu, que de boba só tenho a cara, fui atrás de uma especialista top das galáxias para entender como é que ficam os “entrelugares” do Sacizinho e do Halloween no dia 31. E olha que eu caprichei! Convidei a Raquel Panke que é cientista social, mestre em Ciências da Educação, atua com Sociologia da Educação e Políticas Públicas e é professora do curso de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Uau, né?
“A gente precisa pensar que a nossa cultura deve ter essa percepção de formar cidadãos mais críticos. Então, os nossos valores culturais, o que é nosso, é o que deve ser cultuado ou valorizado dentro da perspectiva das festas populares. Mas é claro que um intercâmbio cultural entre países é importante, e é legal, mas deve ser equilibrado, não pode ter uma troca desigual como o que ocorre entre o Brasil e os Estados Unidos no Halloween”, orienta.
E a doutora Raquel também lembra que aí tem até a questão do idioma porque com a festa gringa vem uma tantada de referências em língua inglesa e esse aspecto deve ser refletido, deve ser pensado. E agora, tchau vassoura? É nada! A Cuca também usa vassoura e caldeirão, né?! E se você olhar de perto, de pertinho mesmo, vai achar um monte de coisa em comum daqui e de lá. O que a gente não faz aqui no Brasil é celebrar o Dia de Todos os Santos do mesmo jeito que eles porque lá a ideia é que os espíritos estão zanzando por aí e se você não quer prosear com um ou ser levado/comido/possuído, se fantasia como de fosse monstro e faz de conta que também é um! Super lógico, meu caro vulcano!
E aí rola comida de monstro, roupa de monstro, make de monstro e muitas brincadeiras de monstro com aquele humor deliciosamente sacana (isso aí é beeeeeeeeeeem Saci, aliás!). Então, a gente pode pegar emprestado a ideia de enfeitar a casa, vestir uma fantasia bem legal (do que você quiser porque no caso, os tais monstros, moram beeeeeeeeeem longe) e encher a pancinha de delícias de lá e daqui. Pode entender a festa deles e curtir numa boa, mas pode e deve lembrar do Dia do Saci e da turma dele.
Então, família, galera, profes, a dica da Raquel é aproveitar a febre do Halloween para construir esse intercâmbio saudável com o Dia do Saci e apresentar de forma inovadora as nossas lendas. Imagina que tudo de bom esse encontro, galera tudo tomando uma cachacinha com churrasquinho na laje, zumbizada trocando umas dicas com corpo seco, lobisomem ensinando receitinha pro capelobo, ia ser demais, ia não, vaaaaai!
Cola aí na ideia da Nerds & Geeks e faz um festão pro Saci poder celebrar com os amigos (e até com a galera da gringa)!