O Brasil participa da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26) em Glasgow, na Escócia, que teve início no domingo (31) e segue até o dia 12 de novembro. Na abertura do evento o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, informou sobre a nova meta de redução de emissões de gases do efeito estufa. “Apresentamos hoje uma nova meta climática, mais ambiciosa, passando de 43% para 50% até 2030; e de neutralidade de carbono até 2050, que será formalizada durante a COP26”, disse.
De acordo com Leite, o Brasil tem atuado como articulador no debate e a maior conferência climática do planeta marca uma “transição do debate das promessas climáticas para a criação de empregos verdes”. O ministro disse também que o Brasil realiza encontros bilaterais com mais de 60 países, atuando como país articulador, buscando o diálogo e pontos de convergência. “Também conduzimos dezenas de reuniões técnicas, coletando subsídios que culminaram numa estratégia de negociação para defender o interesse nacional e posicionar o Brasil como país fundamental nessa nova agenda verde mundial”, destacou.
O presidente Bolsonaro gravou um discurso para a conferência afirmando que o Brasil é uma potência verde e argumentou que o país é solução para os problemas atuais. “O Brasil é uma potência verde. Temos a maior biodiversidade do planeta, a maior e mais rica cobertura florestal e uma das maiores áreas oceânicas. No combate à mudança do clima, sempre fomos parte da solução, não do problema”, ressaltou.
Na última segunda-feira (25) o Governo Federal lançou o Programa Nacional de Crescimento Verde, coordenado pelos ministérios do Meio Ambiente e da Economia, com o propósito de discutir ações ambientais para a agenda econômica do país, aliando a redução das emissões de carbono, a conservação de florestas e o uso racional de recursos naturais com geração de emprego verde e crescimento econômico.
“Ao promover uma ‘economia verde’, o programa vai orientar as ações de proteção e conservação do meio ambiente por meio de incentivos econômicos, direcionando recursos e atraindo investimentos. Com isso, vamos favorecer ações e projetos de conservação da floresta, uso racional dos recursos naturais, redução de emissões de gases de efeito estufa e, principalmente, geração de “empregos verdes”, explicou Bolsonaro.
Vale lembrar que esta seria a 27ª edição da conferência, porém o encontro anual sofreu atraso devido à pandemia do coronavírus, passando a ser chamado de COP26 com a participação de 197 países signatários.