Com o avanço da tecnologia e o estouro da pandemia da Covid-19 em todo o mundo, no dia 18 de junho a empresa Gluco Scan junto com a Universidade Estadual de Maringá lançavam um aparelho com o objetivo de detectar a presença ou ausência do Coronavírus em apenas três segundos. Após cinco meses de lançamento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não autorizou o uso do aparelho Spectrocheck na área da saúde.
A ideia do software é fazer o escaneamento molecular da saliva humana contida na língua. Não sendo invasivo ao paciente e recebendo uma troca de filtro plástico transparente a cada uso, seguindo rigorosos protocolos de biossegurança e atento às boas práticas de engenharia de software.
O coordenador do projeto Dennis Armando Bertolini, professor do Departamento de Análises Clínicas e Biomedicina (DAB) e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PCS) da UEM, ressaltou na época que a tecnologia seria capaz de ajudar na área da saúde e em breve estaria acessível como ferramenta de triagem em massa da doença para a população de todo o planeta, contribuindo para a saúde pública.
Na época de lançamento, os pesquisadores alcançaram, no SpectroCheck, 83,87% de sensibilidade (capacidade de acertar o resultado positivo) e 91,07% de especificidade (capacidade de acertar o resultado negativo). São dados científicos bastante promissores para o auxílio ao combate à pandemia da Covid-19.
De acordo com informações, o teste não exige a apresentação de sintomas relacionados à Covid-19 ou uma quantidade mínima de dias para execução, bem como não apresenta resultado específico quantitativo sobre anticorpos relacionados ao mesmo, ou percentual quantitativo de carga viral positiva em pacientes contaminados.
Enquanto, a ferramenta não está disponível, a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Maringá tem levantado esforços para vacinar a toda população. Até o fechamento da matéria, 355.507 pessoas foram vacinadas com, pelo menos, uma dose da vacina contra Covid-19. São 311.988 vacinados com a 2ª dose + 9.542 com a dose única, totalizando 321.530 imunizados.
A equipe de reportagem procurou o coordenador do projeto, Dennis Armando Bertolini. Segundo ele, o processo é demorado e estão aguardando a aprovação da Anvisa. Em breve, farão uma nova divulgação. A técnica também poderá ser utilizada para detectar outros tipos de doenças.