A dose de reforço do imunizante em combate ao coronavírus poderia diminuir as internações provocadas pela doença na Europa em pelo menos meio milhão de casos, informou ontem a agência de saúde pública da União Europeia (UE), mesmo com propagação da variante Ômicron em ritmo sem precedentes.
“A atual adoção de uma dose de reforço, desde o início de janeiro, pode reduzir as futuras hospitalizações pela Ômicron entre 500 mil e 800 mil” na Europa, disse o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC).
As quantias equivalem aos 27 países que constituem o bloco, mais Noruega, Islândia e Liechtenstein.
Atualmente, aproximadamente 70% da população da União Europeia, de 450 milhões de indivíduos foram totalmente imunizados e metade recebeu uma dose de reforço.
“A ampliação do programa de reforço a todos os indivíduos anteriormente vacinados poderia reduzir as admissões em mais 300 mil e 500 mil”, ressaltou o ECDC.
De acordo com a UE, mesmo que os casos da variante Ômicron na Europa estejam crescendo, os índices de infecção são três vezes mais altos que no pico, o que quer dizer que muitos países já podem estar em ponto de inflexão.
“Enquanto em alguns Estados-membros, o pico da infecção parece ter sido atingido recentemente, a pandemia ainda não terminou”, complementou a comissária de Saúde da UE, Stella Kyriakides.