Com 100% da população tendo acesso à água tratada e mais de 99% atendidos com os serviços de coleta e tratamento de esgoto, o município de Maringá mais uma vez aparece bem posicionado no ranking do saneamento básico que o Instituto Trata Brasil divulgou nesta terça-feira, 22, data em que se celebra o Dia Mundial da Água. O documento considera os dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), referentes a 2020.
Maringá aparece no ranking na decima posição entre as cidades mais bem servidas em água e esgoto, na frente de todas as capitais brasileiras com exceção de São Paulo.
As 20 melhores cidades
1. Santos (SP)
2. Uberlândia (MG)
3. São José dos Pinhais (PR)
4. São Paulo (SP)
5. Franca (SP)
6. Limeira (SP)
7. Piracicaba (SP)
8. Cascavel (PR)
9. São José do Rio Preto (SP)
10. Maringá (PR)
11. Ponta Grossa (PR)
12. Curitiba (PR)
13. Vitória da Conquista (BA)
14. Suzano (SP)
15. Brasília (DF)
16. Campina Grande (PB)
17. Taubaté (SP)
18. Londrina (PR)
19. Goiânia (GO)
20. Montes Claros (MG)
O estudo analisa os indicadores de saneamento das 100 maiores cidades do país, que concentram aproximadamente 40% da população brasileira.
Os destaques destas cidades são os seguintes:
⦁ A cobertura de água tratada aumentou de 93,5% para 94,4% entre 2019 e 2020.
⦁ A população com acesso a coleta de esgoto também cresceu de 74,5% para 75,7%.
⦁ Já o esgoto tratado passou de 62,2% para 64,1%.
⦁ Na contramão dos outros indicadores, a perda de água na distribuição aumentou de 35,7% para 36,3%. Neste caso, o aumento significa piora, já que mais água está sendo desperdiçada.
A presidente-executiva do Trata Brasil, Luana Pretto, destaca que a melhora da maioria dos indicadores é positiva, mas o ritmo é abaixo do esperado. “A tendência de melhora é baixa. Nós vemos um ganho de 0,9, 1,2 e 1,9 ponto percentual nos indicadores, o que ainda é muito pouco para a realidade que nós temos no país”, diz.
Essa situação é ainda mais grave quando são comparadas as 20 melhores com as 20 piores do país, segundo Pretto. “Existe uma discrepância muito grande. A população atendida com coleta de esgoto nas melhores é de 95,5%, enquanto que, nas piores, é de 31,8%”, diz.
Segundo ela, umas das principais correlações que o estudo estabelece é que, quanto mais investimentos são feitos no setor do saneamento, melhores são os serviços e os indicadores. Isso pode parecer óbvio, mas, na prática, significa que as cidades com indicadores péssimo e com grande necessidade de investimento gastam muito menos do que as cidades com bons indicadores e com serviços melhores.