Agronegócio – Com a alta dos insumos, que afetaram tanto a agropecuária como a agroindústria, o PIB do agronegócio caiu 0,8% no primeiro trimestre do ano, em relação a igual período do ano passado, reduzindo sua participação na economia nacional de 27,6% para 26,2%, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Já de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que acompanha a produção dentro da porteira e não o agronegócio como um todo, a evolução foi negativa em 8%.
Milho – Tudo indica que a produção do milho segunda safra, que cada vez mais ganha relevância no sistema produtivo brasileiro, deve ser recorde, segundo a consultoria Agroconsult. Os investimentos elevados em tecnologia e o plantio adiantado garantiram um bom início de safra e apesar dos contratempos climáticos em algumas regiões, a estimativa de produção de milho segunda safra subiu para 89,3 milhões de toneladas – um aumento de 1,7 milhão de toneladas sobre a projeção divulgada em 18 de maio, nos 16,4 milhões de hectares. A safra total de milho poderá chegar a 114,8 milhões de toneladas, volume 30,9% superior à safra passada. No Paraná, a estimativa de produtividade alcança 93,2 sacas por hectare, 113% acima da safra anterior, e a estimativa de área cresceu e chega a 2,7 milhões de hectares.
Cocamar – A edição 2022 do projeto Direto do Campus, desenvolvido pela área de inovação da Cocamar, selecionou 5 ideias apresentadas por acadêmicos. Gerar valor para resíduos industriais é a proposta do desafio dirigido a graduandos e estudantes de cursos técnicos de todo o país. As equipes selecionadas são todas da Universidade Estadual de Maringá (UEM): dois do campus de Maringá, dois de Umuarama e um de Goioerê.
Projetos – Os projetos deverão apresentar um modelo de negócio que apresente viabilidade econômica, financeira e logística, além de aplicação no mercado. A proposta vencedora vai receber uma premiação de R$ 5.000 e mais a possibilidade de seguir com o desenvolvimento do projeto em parceria com a Cocamar. O resultado final, com o projeto selecionado, será conhecido no dia 9 de setembro.
Crescimento – Avançando em seu programa de expansão pelo Mato Grosso do Sul, a Cocamar oficializou a abertura de uma loja para a comercialização de insumos agropecuários em Chapadão do Sul, importante município produtor de grãos. A presença da Cocamar naquela região começou a se intensificar em 2020, quando produtores da vizinha Paraíso das Águas deram início a um programa de renovação de pastagens com soja, sob a orientação técnica e o apoio da cooperativa.
Região – Conforme explica o superintendente de Relação com o Cooperado, Leandro Cezar Teixeira, a estrutura vai atender vários outros municípios da região. Para isso, dois profissionais técnicos já vêm, há meses, trabalhando em Chapadão e no seu entorno, atendendo produtores e fazendo negócios, mas a unidade vai ser dotada de uma equipe completa. A região é composta por muitos produtores paranaenses que já conhecem a Cocamar e reivindicavam a presença de uma unidade da cooperativa.
Resistência – Nas últimas três safras, segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), os produtores paranaenses vêm notando a presença da lagarta falsa medideira em lavouras de soja BT. A notícia é alarmante pelo fato de que a variedade de oleaginosa deveria ter resistência a esse tipo de praga. A presença nessas cultivares – que carregam uma forma de proteção para esses insetos – indica que a espécie está se tornando resistente à tecnologia.
Dano econômico – Porém, a intensidade e a densidade da população não foram muito elevadas e, na maior parte dos casos, não houve necessidade de controle químico, pois não foi atingido o nível que causa dano econômico, ou seja, perdas de produtividade que impactem na sua rentabilidade. Além disso, a população de lagartas coletada e encaminhada para a análise da Embrapa estava, em sua maioria, parasitada por fungos e inimigos naturais. A recomendação técnica é monitorar as lavouras e deixar os inimigos naturais se encarregarem do controle em vez de utilizar produtos químicos, o que acabariam elevando o custo de produção e eliminando os agentes naturais.
Refúgio – “O ponto principal é buscar orientação correta sobre como identificar o nível de ação, mortalidade natural e de estratégias de manejo, como o refúgio”, recomenda a técnica do Departamento Técnico e Econômico do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ana Paula Kowalski. Mesmo que essa lagarta tenha adquirido resistência, o produtor deve caprichar no refúgio para que outras espécies não criem resistência.
Suínos – Visando restabelecer a igualdade na competitividade por mercado em comparação com os produtores de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e trazer um respiro para os altos custos de produção, o Governo do Paraná emitiu o Decreto 11.386 que reduz em 50% a alíquota de ICMS interestadual para suínos vivos. Os suinocultores devem perceber uma redução de 12% para 6% na alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A medida dura até 31 de julho de 2022 e foi aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). No ano passado, o Paraná abateu cerca de 10,7 milhões de animais, ficando atrás apenas de Santa Catarina.