Morreu na noite desta quarta-feira, aos 86 anos, o ator James Caan, que participou de mais de 100 filmes desde que iniciou a carreira em 1960 e teve seu maior destaque no premiadíssimo “O Poderoso Chefão”, que muitos críticos consideram o melhor filme de todos os tempos. Ele interpretou Sonny Corleone, filho do mafioso Don Vito Corleone, inesquecível papel de Marlon Brando.
Por seu Sonny Corleone, Caan foi indicato para o Oscar de melhor ator coadjuvante e para o Globo de Ouro.
Filho de imigrantes judeus alemães, James Langston Edmund Caan nasceu no Bronx, em Nova York, em 26 de março de 1940. Atuou em teatro e TV e teve uma carreira de quase 60 anos no cinema, iniciada por uma ponta em “Irma la Douce” (1963).
Caan começou sua carreira na televisão e, ainda na década de 1960, firmou uma parceria com Coppola primeiro em Caminhos Mal Traçados (1969), para encarnar, três anos depois, o filho mais velho do chefão da máfia siciliana. O papel rendeu uma indicação ao Oscar pela performance no primeiro filme da franquia.
A primeira indicação de peso do ator foi o Globo de Ouro no western The Glory Guys, de 1965, pelo papel de Anthony Dugan. A década de 1960 foi prolífica, tendo o ator participado de dez longas naquele período, entre eles como o cowboy Alan Bourdillion, em El Dorado (1966), onde contracenou com John Wayne. Coppola havia convidado Caan para interpretar Michael, papel que depois foi ocupado por Al Pacino.
Com uma carreira longeva, Caan é relembrado também pelo papel do escritor Paul Sheldon, do filme Louca Obsessão (1990), onde contracenou em Kathy Bates, a maluca que confina o autor em um chalé isolado depois de um acidente de carro.
Em 1999, o ator trabalhou com Hugh Grant, em Mickey de Olhos Azuis, comédia romântica, em um papel que tinha o efeito de easter-egg (ele fez uma paródia de mafioso). O trabalho em O Poderoso Chefão marcou sua trajetória, tendo reconhecimento em fevereiro deste ano, na ocasião dos 50 anos do filme do longa de Coppola.
Seu último trabalho foi em 2017, na comédia Undercover Grandpa, como o avô protagonista.
Caan foi casado quatro vezes e deixa dois filhos.