Prêmio Nise da Silveira celebra sua 10ª edição no Teatro Carlos Gomes

A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria de Políticas para Mulheres e Cuidados, realizou, nesta terça-feira (5/8), a 10ª edição do Prêmio Nise da Silveira, com o tema “Mulheres que Inspiram”. O evento foi realizado no histórico Teatro Carlos Gomes, no Centro, e reconheceu histórias de vida que movimentam, elevam e representam a potência feminina em diferentes áreas da sociedade.

– Quero parabenizar as homenageadas pelo Prêmio Nise da Silveira. Desde que criamos a Secretaria da Mulher, a primeira entre as capitais, tenho certeza que estamos transformando para melhor a vida de muitas mulheres. Obrigado pelo exemplo de todas vocês que recebem o prêmio hoje. Vocês significam muito para o Rio de Janeiro – afirmou o prefeito Eduardo Paes em mensagem de vídeo.

Criado em 2013 pelo Decreto Municipal nº 36.852, o prêmio carrega o nome da psiquiatra alagoana que revolucionou a saúde mental no Brasil com um olhar sensível e inovador. A homenagem é um reconhecimento institucional a mulheres que, com talento, coragem e compromisso, têm promovido mudanças reais no município e além dele.

– Há dez anos o Prêmio Nise da Silveira celebra a vida de mulheres que estão transformando a realidade do Rio de Janeiro. Nesta edição, trouxemos escritoras, atrizes, cantoras. Nós sabemos que a força da mulher inspira a vida de outras e dessa forma conseguimos celebrá-las por meio do prêmio. É um dia de muito orgulho, o prêmio traz o nome de uma mulher muito forte, que transformou a saúde no Brasil. E hoje conseguimos trazer mulheres de áreas distintas para servirem de inspiração para as próximas gerações – afirmou a secretária de Políticas para Mulheres e Cuidados, Joyce Trindade.

Na edição de 2025, foram homenageadas Débora Falabella, atriz do teatro, cinema e televisão brasileira; Rosane Svartman, roteirista e diretora responsável por novelas como Vai na Fé e Totalmente Demais; Thalita Rebouças, escritora com mais de 30 títulos publicados e voz marcante da literatura juvenil; Gabi de Pretas, comunicadora e ativista negra, referência em representatividade; Marli Peçanha, gestora pública com atuação destacada nos territórios da cidade; Samanta Alves, repórter e apresentadora que se tornou um fenômeno digital aos 24 anos; Nath Finanças, referência nacional em educação financeira acessível; e Cacá Nascimento, cantora, atriz e bailarina brasileira, conhecida por sua atuação na comissão de frente da Mangueira, em peças de teatro e como intérprete da Mangueira do Amanhã.

– É uma honra enorme. Primeiro, estar ao lado de mulheres incríveis. Segundo, receber um prêmio que tem o nome da Nise da Silveira, uma mulher que revolucionou a forma como a gente enxerga a saúde mental no Brasil. Estou há alguns anos interpretando personagens com recorte de violência de gênero. Nos últimos dois anos, tenho me dedicado a isso no espetáculo que eu faço, que tem tido uma grande repercussão tanto do público feminino quanto do masculino. Tem sido uma experiência maravilhosa, a peça tem gerado discussão e vamos rodar o Brasil – disse Débora Falabella.

A escritora Thalita Rebouças destacou que todas as mulheres devem acreditar em si. Que ninguém na sua família acreditava nela e hoje tem mais de dois milhões de livros vendidos, num país que não lê tanto quanto poderia.

– Ganhei um prêmio, nos meus 25 anos de carreira, que leva o nome da Nise da Silveira, uma potência tão importante, uma referência no tratamento da saúde mental. Eu sei exatamente como a literatura pode ajudar. Receber esse prêmio é muito especial.

Na última edição, em 2024, o prêmio homenageou grandes nomes como Xuxa, Alcione, Fátima Bernardes, Clara Moneke, as jornalistas Ana Paula Araújo e Renata Silveira, a modelo Maju Araújo, a apresentadora e empresária Andressa Cabral, a servidora pública Bárbara Nascimento e Yngrid Silva, ex-aluna da Casa da Mulher Carioca Dinah Coutinho.