O júri mais longo da história de Maringá e da Justiça Federal do Brasil terminou neste sábado, 22, com a condenação de dois dos três réus acusados pela morte do auditor da Receita Federal, José Antonio Sevilha. Apontado como um dos executores, Fernando Ranea da Costa foi condenado a 32 anos e 8 meses de reclusão e 320 dias-multa em regime fechado.
Já o acusado de ser o mandante do assassinato, o empresário Marcos Gottlieb, foi condenado a 30 anos de reclusão em regime inicial fechado. Já o terceiro réu no julgamento, apontado como o intermediador entre as partes, o advogado Moacyr Macedo, foi absolvido pelo júri.
Segundo a acusação, a morte ocorreu durante uma emboscada e a motivação do assassinato teria relação com o exercício pela vítima de sua função pública no combate a fraudes em importações, apontando como mandante do crime um empresário responsável por empresa fiscalizada por Sevilha, na época, chefe do controle aduaneiro. Os réus declararam inocência, afirmando não ter envolvimento com o homicídio.
Desde que o crime aconteceu, em setembro de 2005, o julgamento foi retomado após duas dissoluções do Conselho de Sentença. Uma aconteceu em agosto de 2019, após a defesa de dois dos três réus abandonarem o tribunal. A sessão de julgamento foi marcada para março de 2020, mas novamente foi dissolvida porque um dos jurados apresentou problemas de saúde. Novas datas foram marcadas em decorrência da pandemia.
A sessão de julgamento começou no dia 05 de outubro. A sessão ocorreu no auditório do Fórum da Justiça do Trabalho de Maringá.
Fonte: O Dia na Cidade