Quem tem tempo e dinheiro pode viajar e passar o verão nas mais belas e famosas praias do Brasil, sejam no Rio de Janeiro, no Nordeste ou mesmo no litoral paranaense e em Santa Catarina. Quem não está em férias, portanto com menos tempo, pode passar dias animados nas belas praias do Rio Paraná em Porto Rico, Querência do Norte, Nova Londrina, Icaraíma, Rosana. Mas, alguns milhares de maringaenses não podem aproveitar o verão em uma praia, muitos sequer tiveram oportunidade de conhecer uma praia. Mas, dentro de um ano, qualquer maringaense, não importanta o nível social, idade ou raça, poderá ir à praia. E o que é melhor: sem precisar sair de Maringá. Melhor ainda: não vai precisar pagar nada para isto e ainda com a vantagem de que poderá ir à praia o verão inteiro, primavera, outono, inverno, enfim, todos os finais de semana ou todos os dias, se quiser.
Nesta quarta-feira, 4, na primeira entrevista coletiva de 2023, o prefeito de Maringá, Ulisses Maia (PSD), deixou claro que o Parque das Águas deixou de ser um sonho de sua administração e hoje é um projeto em andamento, podendo o maringaense conhecer a mais nova área de lazer dentro de um ano.
“É fundamental investirmos na promoção do lazer e bem-estar da comunidade. Com esse espaço democrático, vamos garantir diversão para muitas pessoas que não têm condições de acesso às praias”, destaca. Ele reforçou que não haverá cobrança para o uso do espaço.
Onde será a Prainha de Maringá?
Para tornar o projeto realidade, a Prefeitura de Maringá firmou um acordo com a família Rossi, que desde a época da colonização da cidade é proprietária da Estância Rossi, próxima à PR-317, a cerca de 4 quilômetros do Posto G-10, para a desapropriação da Estância para a implantação do Parque das Águas. Pelo acordo, a prefeitura pagará R$ 6 milhões por 193 mil metros quadrados, ao lado de onde funcionou o Thermas Maringá, com fundos/frente para a PR-454, também chamada de Estrada 200 ou Estrada Velha para Astorga.
Em suma: pela Estrada 200, a Prainha estará próxima da Fazenda Experimental UniCesumar, mais citada como a Fazenda do Reitor Wilson Matos, o Castelo Gótico dos Arautos do Evagelho e também da Estação de Captação da Sanepar. Tão perto que dá para ir a pé.
Neste mês, o município inicia o projeto de acesso, execução de parte da terraplanagem, projeção das obras e o Projeto Executivo, chamado de Masterplan, que inclui os projetos arquitetônicos e complementares, além de outras etapas. Logo na sequência, entre maio e agosto, a expectativa é obter os alvarás de projeto e execução, licenciamento ambiental, dotação orçamentária e licitação das obras.
O que vai ter no Parque das Águas?
De acordo com o Memorial Discritivo que o prefeito Ulisses Maia mostrou à imprensa nesta quarta-feira, o projeto executivo prevê que o Parque das Águas não se resumirà à praia de areia. Ele terá a água agitada por ondas, quadras para a prática de diferentes esportes, quiosques, vestiários, sanitários e outras estruturas que poderão ser acrescentadas com o tempo. E o frequentador pode ficar tranquilo com a qualidade da água, pois o projeto hidráulico prevê sistema de tratamento físico da piscina, sistema de tratamento químico, tudo automático.
O Parque das Águas tem aos fundos o Ribeirão Maringá, que nasce na área urbana de Maringá e corre para o Rio Pirapó. É ele que dá nome à gleba. Mas a água para a praia artificial poderá vir também de poços arteseianos, como é feito em outros solares da região conhecida como Corredor das Águas.
Quem administra o Parque das Águas?
Segundo o prefeito Ulisses Maia, o Parque das Águas será construído pela prefeitura de Maringá, com recursos próprios e dinheiro de emendas dos deputados federais Enio Verri (PT) e Ricardo Barros (PP), mas a prefeitura poderá contar com outros parceiros.
Segundo ele, a área de lazer terá manutenção terceirizada e estabelecimentos que venham a funcionar na área, como lanchonetes e outros comércios, ajudarão a custear as despesas. Porém, segundo o prefeito, jamais será cobrada entrada ou permanência de quem quer que seja.