O governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD) e o presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Wilson Bley Lipski, reuniram prefeitos em Curitiba nesta segunda-feira, 19, para anunciar a liberação de R$ 500 milhões para municípios com mais de 80 mil habitantes, entre eles Maringá, Sarandi, Umuarama, Cianorte, Campo Mourão, Arapongas, Apucarana, Paranavaí, Cambé e Londrina. O projeto de Maringá que dependia dessa liberação é o que visa à implantação de uma usina fotovoltaica no aeroporto.
Esse dinheiro, segundo o governador Ratinho Júnior, vai atender demandas de diversas áreas, com ações voltadas à energia renovável, água e saneamento, saúde, mobilidade urbana, infraestrutura social e urbana, agricultura sustentável, cidades sustentáveis, eficiência energética, educação, gestão de resíduos sólidos, inovação, turismo, patrimônio cultural, inclusão financeira e mercado de trabalho.
No caso de Maringá, o dinheiro será para o Aeroporto Regional de Sílvio Name Júnior implantar uma usina fotovoltaica que prevê reduzir em 95% os custos com energia elétrica do terminal, que gira em torno de R$ 1 milhão por ano. O BRDE está destinando R$ 6,4 milhões para financiar o projeto, com recursos captados através da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). A ordem de serviço foi assinada em março pelo governador e Lipski, em Maringá, autorizando o início da instalação da usina solar, que terá capacidade de geração de 0,7 MWh, que será a primeira instalada em um aeroporto regional do Brasil.
Com esses recursos, também podem ser apoiados projetos de desenvolvimento urbano e rural, infraestrutura portuária, mitigação dos efeitos da mudança climática e estudos de viabilidade e projetos executivos. Além da usina no aeroporto, em maio, durante a Expoingá 2023, o presidente do BRDE, Wilson Bley Lipski, e o governador em exercício Darci Piana assinaram contratos no total de R$ 49 milhões com cooperativas, empresas e produtores com o objetivo de fomentar cada vez mais a cadeia produtiva.
“A proposta do programa é estruturar cidades de médio e grande porte do Paraná. Estamos ofertando mais uma alternativa de financiamento a longo prazo, com recursos captados de fundos nacionais e internacionais, para melhorar e organizar nossas cidades”, afirmou Ratinho Junior.
O governador destacou a união entre o BRDE, Secretaria das Cidades e as prefeituras para levar investimentos aos municípios paranaenses. “Com grandes investimentos, contribuímos para a melhoria da qualidade de vida no meio urbano, o que faz com que as pessoas permaneçam em seus municípios e tenham mais perspectivas, além de incentivar a geração de empregos”, disse.
25 anos para pagar
As linhas de crédito variam de seis a 25 anos de prazo, conforme o tipo de financiamento. Projetos ligados à sustentabilidade, desenvolvimento urbano e energia renovável apresentam as melhores condições.
O diretor do BRDE no Paraná, Wilson Bley Lipski, explicou que as linhas vão contar com recursos nacionais e internacionais, captados pelo BRDE junto a instituições como o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), Banco Mundial, Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Fundo Europeu de Desenvolvimento e Caixa Econômica Federal.
“Com essa nova possibilidade de fundings, vamos fortalecer a parceria do Governo do Estado com os municípios, tendo suporte da Secretaria das Cidades, que fará a análise inicial da viabilidade do projeto que pode ser financiado, além do apoio da Fomento Paraná”, explicou. “Toda a equipe envolvida nesse projeto imprimiu velocidade e responsabilidade em sua execução, para contribuir com o desenvolvimento dos municípios paranaenses”.
A liberação de recursos para os municípios paranaenses faz parte de um grande projeto do Governo do Estado para beneficiar não só os grandes centros, mas também as cidades pequenas. Um exemplo é o Asfalto Novo, Vida Nova, programa que prevê R$ 500 milhões de aporte do Estado e da Assembleia Legislativa para a pavimentação e iluminação pública em municípios com até 7 mil habitantes.