No Paraná, a colheita de milho avançou nesta semana para 28% da área de 2,4 milhões de hectares, ante 17% na semana anterior. É o que revela o Boletim Semanal do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), divulgado nesta quinta-feira, 10 de agosto.
Segundo o documento, o bom avanço foi influenciado pelo tempo seco e vai consolidando o volume esperado de 14 milhões de toneladas na segunda safra, o que, somado aos 3,8 milhões de toneladas da primeira safra, totaliza 17,8 milhões.
“Este resultado coloca a produção deste ano próxima à de 2016/17, quando o Paraná registrou um recorde de 18,1 milhões de toneladas. Das lavouras não colhidas ainda, restam 13% da área em enchimento de grãos, que devem ser beneficiadas pelas chuvas iniciadas nesta terça-feira, enquanto os demais 87% estão em processo de maturação”, diz o texto do Boletim.
As lavouras mais tardias estão concentradas no Norte do Paraná, onde a área colhida ainda não representa 5% dos 920 mil hectares plantados na região, deixando em aberto os números finais da safra.
Trigo
No caso do trigo, há mais indefinição para produção do Paraná. Com exceção de uma colheita incipiente, que ainda não chegou a 1% da área estimada em 1,4 milhão de hectares, todas as lavouras correm algum risco climático.
Segundo o Boletim, o Paraná vive um inverno atípico, com temperaturas acima da média. “A ausência de geadas generalizadas no Estado até o momento é um ponto positivo, pois garantiu a perspectiva de que 17% das lavouras que estão em maturação devam ter uma produção boa. Porém, a produtividade destas lavouras pode ter sido parcialmente afetada pelas altas temperaturas e pela incidência de Brusone, o que levou ao registro das primeiras lavouras em condição ruim, estimadas 1% da área tritícola”.
As lavouras em condição média são 9% da área (ante 7% na semana anterior) e as boas 90% (93% antes). Mesmo com a piora, desenha-se uma boa safra de trigo. Porém, a maior parte da área em boas condições está ou deve passar pelas fases críticas para a obtenção do potencial, oferecendo riscos para produção”.