62 leitos de enfermaria serão destinados para o novo coronavírus no Paraná, segundo a Secretaria de Estado da Saúde nesta sexta-feira (19). Dentre eles, 52 foram disponibilizados hoje, e outros 10 poderão receber pacientes a partir de amanhã. Eles serão ativados nas macrorregionais Leste e Oeste.
Dos leitos abertos nesta sexta, 15 estão no Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá. A mesma quantia será para o Instituto Nossa Vida, na cidade de Coronel Vivida, 12 no Hospital e Maternidade Jesuítas, no município de Jesuítas, e 10 leitos na Associação de Saúde, em Mangueirinha. Neste sábado (20), serão 10 leitos no Hospital Bom Samaritano, em Céu Azul.
Aumento dos leitos
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde será necessário organizar o aumento da rede de leitos para atender pacientes em todas as regiões. Para a próxima semana há a previsão de ativação de leitos de UTI, sendo 5 em Sarandi e 6 em Francisco Beltrão. Na continuidade, a pasta prevê a ativação de 10 leitos UTI em Maringá.
“O esforço do Governo do Estado é permanente para que não faltem leitos tanto de enfermaria como de UTI. Conseguimos nos primeiros nove meses de pandemia habilitar 1.135 leitos UTI exclusivos para tratamento da Covid-19. Anteriormente, em 30 anos, o Paraná tinha 1.315 para todo SUS”, afirma o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
Hoje, quase um ano após o planejamento da rede exclusiva Covid-19, e mesmo tendo passado por desligamentos devido a própria situação da pandemia, o Paraná tem 1.216 leitos de UTI adulto, 22 UTI pediátrica, sendo 1.779 leitos clínicos para adultos e 34 clínicos para crianças.
Boletim
O boletim da Secretaria de Estado da Saúde desta sexta-feira (19) contabiliza 1.530 pacientes internados com coronavírus positivo. Desse modo, 1.284 estão em leitos SUS, ou seja, 653 UTI e 631 leitos clínicos/enfermaria) e 246 da rede particular, sendo 109 UTI e 137 em leitos clínicos/enfermaria), o que retrata 89% de ocupação geral no Estado.
“É a maior ocupação de leitos desde o início da Covid-19. Estamos no segundo dia seguido com números chegando ao limite ”, disse o diretor de Gestão em Saúde da secretaria estadual, Vinícius Filipak. “Há meses estamos alertando gestores, profissionais da saúde, e principalmente a população, que não basta a habilitação de mais leitos.”
Ele afirma que a Covid-19 tem alta transmissibilidade e também alta taxa de letalidade. “Cerca de 20% dos internados vão a óbito. Por isso, nosso alerta é para que todas as medidas preventivas sejam mantidas, como o uso da máscara de proteção, a higienização constante das mãos e o distanciamento social”, ressaltou Filipak.