Fazendo jus ao cognome famoso, que foi criado por Antenor Sanches (1927-2016) em 1962, a Cidade Canção vive intensamente o chamado Mês da Música em agosto. O encerramento oficial ocorrerá neste domingo, 27, com uma apresentação tripla na Travessa Jorge Amado, a partir das 18h.
A Orquestra de Câmara da Universidade Estadual de Maringá (UEM), às 19h; e o Coral da Sanepar (“Cantando a Natureza”), às 12h e 18h, abrem as apresentações. O acordeonista, cantor e compositor Mestrinho vai fechar a noite, a partir de 20h.
“Essas atrações de peso reforçam o título de ‘Cidade Canção’ de Maringá. É um mês para que toda a comunidade possa ter acesso a diferentes opções artísticas, uma forma de democratizar a cultura para todos os maringaenses”, destacou o secretário de Cultura, Victor Simião, via Secom.
Acompanhado de banda (bateria, baixo e guitarra), o sanfoneiro sergipano fará em Maringá um show com repertório autoral, alguns clássicos do forró e músicas do Dominguinhos.
Mestrinho já chegou ao mundo respirando música. Seu avô, Manezinho do Carira, era tocador de oito baixos. Seu pai, Erivaldo de Carira, sanfoneiro. Para completar, os irmãos Thaís Nogueira e Erivaldinho também se tornaram artistas. Com tanta influência dentro de casa, o início no universo musical acabou sendo muito cedo: aos 6 anos já tocava sanfona e aos 12 fazia apresentações com bandas da região onde vivia. Suas principais influências? Dominguinhos, Sivuca, Oswaldinho do Acordeon, Hermeto Pascoal, Pixinguinha, Gilberto Gil e Milton Nascimento.
A mudança do Nordeste para São Paulo foi em 2005, onde criou com a irmã Thaís a banda de forró Trio Juriti. A parceria rendeu presenças em festivais de música e o destaque por composições como “Mais um dia sem te ver”, além dos álbuns “Forró irresistível” e “Cara a Cara”, com a participação dos emboladores Caju e Castanha e produção do compositor João Silva, um dos maiores parceiros de Luiz Gonzaga, maior referência do forró brasileiro.
O crescimento artístico fez Mestrinho alçar grandes voos, entre eles a oportunidade de dividir o palco com artistas consagrados como o mestre maior Dominguinhos, Gilberto Gil, Ivete Sangalo, Alexandre Pires, Hermeto Pascoal, Elba Ramalho (com quem trabalhou por três anos), Zélia Duncan, Geraldo Azevedo, Diogo Nogueira, Toni Garrido, Margareth Menezes, além de gravar com Benito di Paula e Jair Rodrigues. Com tanta experiência, passou a trabalhar também como produtor musical e arranjador em obras de outros artistas.
Carreira
Agora o cantor, compositor e instrumentista está se preparando para um novo desafio: um disco novo com uma sonoridade diferente de tudo que já fez até hoje. O forró abre espaço para o pop e R&B, trazendo toda sua energia e verdade em um disco refinado com o melhor da Música Brasileira.
Já está disponível nas plataformas digitais, o álbum “Grito de Amor” gravado pela gravadora Atração.
A música “Ansiosos pra viver”, que faz parte desse novo álbum, foi indicada como melhor canção em língua portuguesa no 20º Grammy Latino em 2019.
Em abril de 2020 foi lançado o single da música “Eu e você” de autoria do próprio Mestrinho.
Em maio de 2021, chegou a todas as plataformas digitais o álbum “Solitude”, que foi todo concebido durante o período de isolamento social devido a covid-19, um disco no qual Mestrinho tem como sua companhia, apenas a sua sanfona.
Em dezembro, “O mundo é nós” (áudio e audiovisual), uma composição do Mestrinho em parceria com o poeta Bráulio Bessa. A música fez parte da novela “Mar do Sertão” na TV Globo.
Em 2022, chegou ao mundo “Saudade chama por você”, uma parceria de Mestrinho e Ivete Sangalo, lançado em todas as plataformas digitais.
E, em junho de 2023, o sergipano participou do single “Enquanto a chuva não vem”, de Mayana Neiva.