Tocando em frente desde a fundação da Orquestra Maringaense de Viola Caipira (OMVC), em 2015, Cláudio Scapinello é um dos integrantes mais antigos do projeto criado e comandado pelo maestro e professor Jean Michel.
“A viola me chamou muita atenção, pelo timbre, pela sonoridade de seu instrumento”, explica Scapinello, que há oito anos é professor aposentado da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Após seguir carreira acadêmica na área de zootecnia, ele resolveu investir seu tempo na área musical, pondo em prática um antigo desejo de aprender e tocar um instrumento. Quando era docente e pesquisador, Scapinello tinha pouco tempo para se dedicar à prática musical.
No entanto, a sonoridade caipira se manteve em seu horizonte de interesses, ouvindo Almir Sater, Renato Teixeira, Tonico e Tinoco, Pena Branca e Xavantinho, entre outros. Desde a infância no interior do Rio Grande do Sul, esse professor aposentado gostava da chamada música de raiz, ao mesmo tempo que ouvia o nativismo. Quando chegou a Maringá já formado, partiu para a canção caipira.
E perto de se afastar da UEM, resolveu aprender a tocar viola caipira, um instrumento tipicamente brasileiro. “Dois anos antes da aposentadoria, eu decidi começar a fazer aulas. Eu nunca tinha pego em um instrumento”, por volta do ano de 2012, 2013. Inclusive, a falta inicial de habilidade e familiaridade representou dificuldade a mais; porém, ele contornou e não desistiu.
Depois, entrou para a Orquestra, participando desde o início. “Hoje é algo muito especial para mim, porque superou todas aquelas minhas expectativas iniciais em relação ao que a gente queria do instrumento”, dizendo que foi aluno de Jean Michel antes de ingressar no projeto.
Desse modo, a Orquestra se tornou um compromisso “sagrado” para Scapinello em meio às atividades do seu dia a dia. “Representa a amizade do grupo. Representa a saúde, representa tudo o que a gente, dentro do meu objetivo, o prazer de estar participando desse grupo. Me sinto realizado dentro da Orquestra”, reconhecendo que evoluiu no projeto.
Aliás, o docente relembra as apresentações históricas da Orquestra com Renato Teixeira, um dos principais nomes da música de raiz; e do maestro e pianista João Carlos Martins.
Funções
Na Orquestra, Cláudio Scapinello exerce os dotes de cantor, fazendo a segunda voz no coral; e toca como violeiro-base, além de algumas partes na introdução.
“Nesses últimos anos a gente tem evoluído, então a gente consegue fazer a parte instrumental de algumas músicas”, dizendo que participar do projeto é uma experiência que lhe dá satisfação e alegria.
Maestro
O professor da UEM aproveita para fazer um elogio especial a Jean Michel, pela sua competência e modo vibrante como conduz a Orquestra. “Isso contagia cada aluno que está presente no grupo e faz com que a gente não desista”.
Nesse sentido, Scapinello diz que é uma oportunidade única trabalhar com alguém tão gabaritado como o maestro. “Porque um professor do nível do Jean dá para contar nos dedos. Não é todo lugar que se encontra”.
Grupos
O professor aposentado diz que a Orquestra também lhe permite levar a experiência para grupos de amigos e festas.
Além desse projeto, ele faz aulas de música no Centro Musical Morimoto, com o professor Vinícius Morimoto que tem o Grupo de Viola Amigos do Jaspion.
Assim, Scapinello constrói um círculo de amizade com violeiros e músicos afins. “Hoje eu tenho ainda mais amigos do que a gente tinha na época de trabalho”, dizendo que teve uma vida muito intensa no mundo acadêmico e agora reduziu bastante o ritmo. Assim, a música ajuda na saúde mental.
“A música estimula muito a parte cerebral, matemática”, diz o docente, destacando que o cérebro se mantém ativo.
Serviço
Para conhecer mais sobre o projeto ou informações de como patrocinar a Orquestra Maringaense de Viola Caipira, entre em contato pelo perfil no Instagram (@omvcpr); ou tel./WhatsApp (44) 99851-1222.
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