Morreu em uma casa de repouso da região o músico maringaense Geraldo Bitencourt de Lima, de 82, pioneiro mais conhecido como Geraldinho do Cavaco. Amante do chorinho e do samba, Geraldinho animou festas, participou de grupos musicais e foi sócio de uma lanchonete animada pelo melhor da música brasileira.
Por enquanto ainda não há informações sobre a causa da morte, nem sobre velório e sepultamento.
Geraldinho nasceu em 1940 na cidade de Rancharia, no Estado de São Paulo, e se orgulhava de ter o mesmo sobrenome de Jacob Bittencourt, o Jacó do Bandolim, um dos principais nomes da história da música brasileira e referêcia mundial como instrumentista. Muito cedo mudou-se para Maringá, onde fez de tudo e ganhou a vida na construção civil como pintor.
O cavaquinho ele aprendeu desde cedo em uma época em que o instrumento começava a ocupar espaço na música brasileira por causa do sucesso de Waldir Azevedo. Foi autodidata e, por falta de quem o ensinasse, usou a vida inteira a afinação mi-si-sol-ré, quando os cavaquinistas famosos usam re-si-sol-ré.
Como pioneiro no instrumento em Maringá, Geraldinho do Cavaco acompanhou grandes nomes da música brasileira, como Silvio Caldas, Nelson Gonçalves e Neguinho da Beija-Flor.
Além de tocar os clássicos do chorinho, Geraldinho era ainda compositor, tendo feito muitos chorinhos, valsas e sambas. Gravou um CD e foi sócio em uma lanchonete que tinh música no cardápio.
Por representar tão bem a cultura da cidade, ele foi homenageado em 2014 com o título de Cidadão Benemérito de Maringá, outorgado pela Câmara Municipal. O título foi proposto pelo vereador Mário Verri (PT).