Neste dia em que o Hospital Universitário de Maringá completa 35 anos, o médico que fez parte da primeira equipe, foi superintendente e está no hospital até hoje, fala da fundação e dos primeiros dias do HUM
O Hospital Universitário de Maringá, HUM, tem vários pioneiros, pessoas que estão trabalhando desde a fundação, mas se há alguém cuja história está intimamente ligada à do Hospital Universitário e a do hospital se confunde com a dele, este alguém é Paulo Roberto Donadio. O embrião do HUM foi criado em 1988, mas só começou a funcionar no início de 1989, mas o doutor Donadio, que era médico da Universidade Estadual de Maringá (UEM) desde 1986, esteve envolvido no assunto em 1987, quando foi presidente da comissão que elaborou os projetos pedagógicos para a criação dos cursos de Medicina e Odontologia.
Depois disso, ele foi dos primeiros médicos a trabalhar no HUM, em janeiro de 1989, junto com seu amigo Robson José da Silva Souza (25.03.1941 – 08.08.2021), que foi o primeiro patologista de Maringá; mais tarde, Em 1992, já com 16 anos de experiência em atendimento médico e, com o início da disciplina de Reumatologia no curso de Medicina da UEM, Donadio, prestou outro concurso, agora para docente do Departamento de Medicina. Foi o primeiro professor da disciplina de Reumatologia e implantou o Ambulatório de Reumatologia.
Em 1995 Donadio assumiu a direção geral do hospital como primeiro diretor eleito. Até então, os diretores eram nomeados pela Reitoria da UEM.
Hoje, é um dos quatro docentes responsáveis pelo Ambulatório de Reumatologia do HUM, que além do estágio para os acadêmicos de Medicina, oferece também Residência Médica na área.
O HUM é muito mais do que o hospital que se vê
Testemunha ocular e participante de todos os dias da história do Hospital Universitário de Maringá, Paulo Roberto Donadio diz que todos os dias se admira ao ver onde chegou o hospital que ele viu nascer. E não é somente pelo hospital que está à vista de todos, mas pela qualidade e compromisso do que ali se pratica, pelo conceito conquistado e pelo empenho de todos para continuar crescendo, se aprimorando e sendo útil à comunidade.
Para ele, a sociedade vê o serviço que é prestado pelo hospital, já a universidade vê o estabelecimento como escola e os professores e estudantes dos cursos da Saúde da UEM vêem a oportunidade de praticar em um hospital em que a excelência é uma das principais marcas.
“O Hospital Universitário mudou a cara da saúde em Maringá, isto tem reflexo em toda a região que é beneficiária de sua existência, mas ele não para, tem um projeto de expansão a médio e longo prazo, o que significa que a saúde pública vai se beneficiar ainda mais no futuro”, diz o pioneiro, que continua trabalhando todos os dias no HUM e não tem planos de parar por tão cedo, embora esteja aposentado do hospital desde 2019.
Donadio conta que, com frequência, via a surpresa dos pacientes que eram atendidos no HUM ao receberem um excelente atendimento, quando estão internadas ou têm algum familiar internado. “Isto deve ocorrer porque é comum as pessoas terem uma visão negativa dos serviços públicos, e no caso do HUM, o que sai na imprensa, na maioria das vezes, é quando acontece algum problema no pronto socorro, por superlotação, etc. É sempre muito gratificante ver o nosso trabalho reconhecido”.
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