No mês em que comemora 35 anos de criação, o Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) celebrou as pessoas que fizeram e fazem sua história em um evento festivo realizado no auditório da Sicredi Dexis, na noite desta terça-feira, 31 de outubro.
Em seu discurso, a superintendente Cremilde Radovanovic reforçou que o compromisso coletivo do HU (“agaú”), como é popularmente conhecido, é salvar vidas. “Somos muitos, somos grandes, e compartilhamos o mesmo objetivo: tornar o nosso hospital um modelo de qualidade, oferecendo ensino de excelência e proporcionando atendimento de alta qualidade a todos que buscam nosso serviço”, destacando o trabalho de todos que passaram pelo hospital ao longo dessas três décadas e meia: profissionais, acadêmicos, pacientes etc.
Ela agradece a cada servidor, cada docente, cada aluno, cada colaborador que passou pelo hospital.
Cremilde recordou que, desde a criação do hospital em 1988, a saúde pública de Maringá e de toda a região foi impactada. “Hoje, o HU oferece atendimento 100% SUS, que nasceram juntos. A criação do SUS representou um avanço significativo na democratização do acesso à saúde no Brasil”, lembrando que os desafios persistem, como a necessidade de melhorias na infraestrutura, no financiamento e gestão dos serviços de saúde.
“Desde a sua implementação, o SUS tem desempenhado um papel crucial na melhoria da saúde pública no país, promovendo acessos em serviços da saúde e contribuindo para a redução das desigualdades”.
Dessa forma, conforme a superintendente, o empenho do HUM, enquanto hospital totalmente SUS [Serviço Único de Saúde] é de atender a demanda reprimida na região e proporcionar assistência de qualidade. “Nesse sentido, estamos avançando na busca pela construção de um novo Centro Cirúrgico, que promete consideravelmente ampliar a nossa capacidade de realização de cirurgias”, explicando que, com isso, ocorrerá uma redução na lista de espera.
História
Cremilde Radovanovic lembrou que a construção do HU, em 1988, foi consequência dos cursos de Medicina e Odontologia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Naquele contexto, a região carecia de profissionais no mercado.
Assim, o então reitor da UEM, Fernando Pontes de Souza, encampou a ideia do HUM. “A construção do HU foi coletiva. Trabalho esse em conjunto com a UEM e a Prefeitura de Maringá. O então prefeito Said [Ferreira] foi autor da iniciativa de se criarem os cursos de Medicina e de Odontologia, e propôs ao reitor Fernando e vice-reitor Manuel Jacó uma parceria, que infelizmente o perdemos na semana passada. Em que a Prefeitura contribuiria na manutenção dos cursos e seria responsável pela construção dos blocos didáticos”, contou Cremilde, pontuando que o pronto-socorro foi o embrião do hospital.
Para ela, o médico e então prefeito de Maringá Said Ferreira foi um visionário, contribuindo nos anos de 1970 com a UEM e, depois, com o Hospital Universitário.
Hospital paranaense
Presente à cerimônia desta terça-feira, a vice-reitora da UEM, professora Gisele Mendes, fez questão de ressaltar que o HUM é um hospital regional, público e principalmente paranaense. “É um hospital estadual. É um hospital bancado, sobretudo, por recursos da nossa Secretaria da Saúde e também de convênios ligados ao Ministério da Saúde, federal. Mas é o hospital da Universidade Estadual de Maringá”, destacando que o HU é UEM, e a UEM é HU.
Inclusive, lembrou que o Hospital Universitário foi inaugurado em 28 de outubro de 1988, Dia do Servidor Público. Mas somente em 20 de janeiro do ano seguinte, esse equipamento começou a funcionar de fato, com corpo médico. E, ao final de 1989, o governo do Estado autorizou a contratação de servidores que eram necessários em outras áreas.
Resumidamente, a vice-reitora traçou o percurso de expansão do hospital até os dias de hoje, cujos desafios incluem atender uma macrorregional de 115 municípios. “E ainda enfrenta, é claro, muitas dificuldades que não posso deixar de marcar aqui, como vice-reitora”, enumerando a estrutura física, cujo Centro Cirúrgico tem de ser terminado; o bloco industrial para refeitório e lavandeira; e a reposição do quadro de funcionários.
Uma história com o HU
Emocionado, o superintendente de Produtos e Serviços do Sicredi, David Vacari Conchon, deu seu testemunho da importância do HUM para a sua vida. Ele contou que, na infância, teve problemas respiratórios que levaram sua família a usar os serviços dessa unidade hospitalar.
“O meu refrigério era o Hospital Universitário”, recordando de uma época dos anos de 1990, quando a sua mãe levantava de madrugada e dirigia um “Fusquinha” até o HUM, para fazer a inalação. “Por isso que, até hoje, quando passo na frente do HU eu lembro dos momentos que passei com a minha mãe”, destacando que são memórias afetivas com esse hospital.
Assim, Conchon expressou sua gratidão ao hospital e seus profissionais.