O professor João Alencar Pamphile, que morreu aos 54 anos no dia 17 de março de 2021 por complicações da covid-19, está sendo homenageado por familiares e amigos com uma imagem gigante de seu rosto no Bloco H-67, do campus sede da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
É um auto-contraste de 2 metros de altura por 2 de largura, todo em preto e branco, elaborado pelo professor e artista plástico Cássio Marcelo de Oliveira Alves e a servidora Maria Estela Alonso, mas todos os amigos que quiseram e compareceram também puderam participar da pintura do painel, como foi o caso dos professores Julio Polonio e Claudete Mangolin, o técnico Leonardo e o doutorando Carlos Eduardo Grou.
O professor João Pamphile tinha mestrado em Genética e Melhoramento de Plantas e doutorado pela Universidade de Paris XI e pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Ele era professor do Departamento de Biotecnologia, Genética e Biologia Celular (DBC) e dava aulas para graduação e para cursos de mestrado e doutorado, fazendo parte do grupo docente de Pós-Graduação em Biotecnologia Ambiental (PBA) e do Pós-Graduação em Biologia Comparada (PGB).
O companheiro de Pamphile, Anderson, ficou emocionado com a homenagem. “Foi gratificante estar ao lado de pessoas que ele gostava. Tenho certeza, que ele ficou orgulhoso desta homenagem”.
O professor Julio Polonio fez um breve relato sobre Pamphile, destacando seu papel como “um ‘pai científico, um criador, um sonhador, um trabalhador, um lutador! Carioca, negro, homossexual, de origem pobre… pra mim, um retrato do brasileiro, que tem tudo contra si, que foi à luta e venceu, até onde pode. Os serviços públicos do nosso país o ajudaram, até o momento em que o próprio serviço público o deixou de lado. Ele e outros milhares. Professor João Pamphile foi e será sempre um exemplo profissional e de vida para mim”.
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A homenagem ao professor Pamphile é o segundo mural executado por Cássio Marcelo no campus sede da UEM, mas seus trabalhos estão espalhados pelo Paraná. Cria da UEM, onde se formou em História, professor estadual, ele já trabalhou e deixou marcas de sua arte na região metropolitana de Curitiba, principalmente em Itaperuçu, onde trabalhou e desenvolveu muitos trabalhos com crianças e adolescentes no Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora das Graças.
O primeiro professor homenageado por Cassio Marcelo com estampa em paredes d UEM foi Jairo de Carvalho, que faleceu em abril de 2021, poucos dias depois de João Pamphile. Com amigos, Cassio pintou o rosto de seu professor no curso de História em uma parede do Núcleo de Ensino a Distância (NEAD), onde o professor Jairo trabalhava. Amigos e familiares do homenageado ajudaram na pintura, que é visível, inclusive, de fora do campus, por quem passa pela movimentada Rua Professor Itamar Orlando Soares.
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