Componente da paisagem urbana maringaense, o Slam Pé Vermelho retomará suas atividades no próximo dia 25 de fevereiro. É o campeonato de poesia falada que voltará a ocupar o espaço público da urbe.
Por enquanto, não será na tradicional praça Deputado Renato Celidônio, mais conhecida como “Praça da Prefeitura”, que passa por obras do Eixo Monumental. Por isso, é recomendável ao público e poetas ficarem de olho no Instagram oficial (@slampevermelho).
Esse atrativo é realizado mensalmente pelo Coletivo Pé Vermelho, formado em 2019 por produtores culturais, professoras de literatura e poetas. Seu objetivo é fomentar a literatura com projetos de formação literária através da escrita, da leitura, da performance, da apresentação pública de poemas e da publicação independente.
Em 2022, o Coletivo publicou a coletânea “Poesia é o Conselho”, via Prêmio Aniceto Matti, com 11 poetas e 22 poemas.
E, em 2023, ocorreu a primeira edição do Festival Pé Vermelho de Poesia, apresentando o resultado do trabalho na residência poética com poetas participantes: pílulas poéticas, pocket zines, performances de poesia falada e poemas visuais. O projeto foi produzido com verba de incentivo à cultura Lei Municipal de Maringá nº 11200/2020 | Prêmio Aniceto Matti/PMM – Conc. 010/2021.
Agenda
Confira a agenda de encontro com datas até junho:
- 25 de fevereiro
- 17 de março
- 21 de abril
- 19 de maio
- 16 de junho
Slam
Segundo informações do Coletivo, o Slam Pé Vermelho é um campeonato de poesia falada. Participam poetas com textos autorais de até 3 minutos, sem acompanhamento musical ou uso de objeto cênico.
As performances são avaliadas por um júri popular e quem vence a competição ganha um livro literário. A atividade também conta com espaço de microfone aberto ao público nos intervalos.
A palavra “slam” vem de “Poetry slam” (em português, batalha de poesia), formato que surgiu nos EUA nos anos de 1980 e se espalhou pelo mundo. Ele conta, inclusive, com etapas internacionais que reúnem poetas de vários países.
O slam visa a prática da oralidade e da partilha de ideias, não há estilos ou temas específicos para participar do campeonato que é aberto às várias linguagens e assuntos possíveis.
“A prática do slam no Brasil iniciou em 2008 com o ZAP! Slam na cidade de São Paulo. O segundo slam brasileiro foi o Slam da Guilhermina, criado em 2012 também em São Paulo”, diz o Pé Vermelho, destacando que o movimento se espalhou pelo país que tem mais de 200 comunidades.
“Desde 2014, o Brasil também tem uma etapa nacional, o Slam BR, do qual participam poetas que ganham as etapas estaduais. Quem vence o Slam BR garante vaga para representar o Brasil na Copa Aby Ayala com poetas de diferentes países do continente”.