Quando me foi pedido um artigo sobre as lições da pandemia, já de título vi que é algo muito pessoal. Vai de pessoa para pessoa. Cada um tem uma visão… O empresário tem uma visão; o teólogo outra visão; o gestor público outra; os desempregados, outra; e assim por diante. Mas as lições que estamos tendo, no meu ponto de vista pessoal, vejo a iminência e a fragilidade da pessoa humana. O homem, é tão grande, imponente com seus inventos, com as descobertas científicas e outros feitos que mudaram a história da humanidade, mas ao mesmo tempo frágil, pequeno, impotente diante das guerras, doenças e no nosso caso atual, o novo coronavírus.
Como religioso, vi que uma das lições da pandemia foi que somos capazes de reinventar a vida, o trabalho, a família. Os padres tiveram que transmitir a Santa Missa, on-line; visitar as famílias com cuidado. Empresas tiveram que se reinventar para poderem vender. Isso nos faz ver que somos capazes de nos reinventar para sobreviver. Outra foi que vivemos uma monotonia e, às vezes, não nos preparamos para uma mudança que pode vir, como agora com a pandemia que ninguém esperava e pegou a todos de surpresa. Só estávamos preparados para o normal e não pra mudança. Outra lição foi que devemos cuidar mais da saúde, isto é, cuidar de nós mesmos para poder cuidar do próximo. As pessoas também se mostraram solidárias para ajudar com a partilha de alimentos e até com dinheiro, auxiliar os que perderam seus empregos e os mais desfavorecidos. A pandemia despertou a solidariedade. Outra também foi a descoberta da tecnologia como meio para superar a pandemia. As pessoas da terceira idade tiveram que aprender a usar o celular e a internet para se comunicar, já que não podiam receber visitas; aprenderam a usar a tecnologia para manter viva a fé. As empresas que só vendiam no balcão tiveram que usar a tecnologia para continuar trabalhando.
Uma lição, essa mais negativa… Foi de revelar o lado mais obscuro da perversidade humana… Ódio, rancor, falta de paciência, maus falatórios, consequências destrutivas, sentidas em toda esfera social. O abalo físico, psicológico, estão marcando nossas vidas com feridas e sequelas profundas, que persistirão por muito tempo. Sem falar na falta de empregos, as mortes, enfim… A lista seria incontável. Está faltando empatia.
São essas as lições que a Pandemia despertou, mas você leitor, tem também a sua opinião, talvez possa concordar, discordar ou até acrescentar algo mais…