Como adeptos do Cosplay mantém seu estilo de vida pulsando mesmo durante a pandemia

Saudade de aglomerar, né?

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Atípico, o ano de 2020 pegou a todos de surpresa. O setor de eventos, um dos mais prejudicados pela pandemia do novo coronavírus, foi obrigado a redefinir boa parte do calendário anual. O universo cosplay não escapou da regra. A modalidade, que tem como característica a participação em eventos presenciais, teve de se reinventar.

Os eventos deste segmento tiveram de ser adaptados para plataformas digitais. Isso fez com que os adeptos se atentassem à necessidade de investir nas redes sociais para divulgar trabalhos e novas criações. O contato físico, tão apreciado no meio, foi momentaneamente deixado de lado, à espera de um momento mais oportuno. Neste sentido, o ano de 2021 começou trazendo esperança e expectativa para o retorno.

Apaixonada desde criança pela cultura cosplay, a estudante Alexia Henning de 22 anos, é a jovem por trás de Lexis – uma das cosplayers mais requisitadas da cena maringaense. Seu alter ego cosplayer é tão encantador quanto a sua personalidade real.

Lexis, que já cativou 51 mil seguidores no Tik Tok (@lexisz.h) e também faz sucesso no Instagram – com o mesmo endereço. A caracterização da personagem impressiona pela riqueza de detalhes, que a transformam numa presença tão marcante que compartilhar o mesmo ambiente que ela faz com que sejamos transportados para um universo imaginário.

Mas, quando estamos ao lado da Alexia, é a maturidade, simpatia e dedicação que mais chamam a atenção. Acadêmica do curso de História, ela se aprofundou no tema “Cosplay” e já produziu dois projetos de iniciação científica sobre o tema. Paralelamente, ela também faz faculdade de Artes Visuais.

Conversamos com Alexia/Lexis sobre como é ser cosplayer atualmente. Ela falou sobre os desafios de adaptação enfrentados por eles, que têm a necessidade de encontros presenciais, dentro do “novo normal”. Sobre o cenário maringaense de Cosplay, ela destacou: “na cidade há bastante gente que mantém esse hobby. Inclusive, muitos amigos que conheci em eventos são daqui”. Ela e os amigos costumavam se encontrar e tirar fotos caracterizados, mas o isolamento social e os cuidados para evitar a propagação da Covid-19 os impediu de continuar.

A entrevista completa com a influenciadora e cosplayer você confere logo abaixo.

Admirável Mundo Novo – Como você se interessou pelo universo do Cosplay?

Alexia: Desde criança sempre fui apaixonada pelo mundo dos animes e pela própria prática em si. Em 2014 tinha feito meu primeiro cosplay, a Lucy de Fairy Tail. Decidi pôr a mão na massa em 2018, quando, de fato, caí de cabeça nesse universo. Tanto como um hobby quanto academicamente, visto que tal prática é meu objeto de estudo também.

Sendo o Cosplay uma atividade essencialmente presencial, como foi experimentar as regras de isolamento?

A área de eventos está parada, mas os eventos remotos continuam acontecendo. Porém, na cena maringaense eu não vi nenhuma empresa que aderiu a essa alternativa. Cheguei a participar de eventos online da região, mas nada como o presencial. Ver os rostos das pessoas quando te olham com aquele cosplay que você trabalhou meses ou até mesmo anos, o rosto das crianças que acompanham os desenhos, os olhos brilhando… Receber abraços calorosos e suados dentro do traje, quando dá para abraçar, né?! (risos). Isso é impagável. Ainda tento manter minhas esperanças positivas quanto ao retorno dos eventos presenciais, mas não podemos esquecer que neste momento é delicado.

Você ainda continua com o mesmo ritmo de produção de personagens?

No que diz respeito às produções diminuí bastante o ritmo em relação à antes da pandemia. Sempre preparava uns dois cosplays para cada evento que decidia ir. Continuei a me produzir em casa para tirar fotos, montando cenários no meu quarto, pegando iluminação, algo aqui ou ali, para compor um visual legal e divulgar meu trabalho nas redes sociais. Na produção de peças eu me contive, visto que sempre estou lotada de estudos. Minhas graduações são o meu foco principal.

Como você trabalha a produção dos seus cosplays?

A produção de cada peça em EVA, a escolha dos tecidos, a estilização da peruca, a maquiagem… É um trabalho que ninguém vê, mas que compõem todo o espetáculo. Ver cada detalhe desses se encaixando na produção de um novo cosplay é tão gratificante, emocionante, que não dá para deixar dentro de uma caixa. É como dizem: “quem vê close, não vê corre”. Não me vejo mais longe desse hobby.

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