7 Curiosidades sobre o Live Action de Death Note: O Que Esperar da Adaptação

O Maringá

O live action de Death Note, lançado em 2017 pela Netflix, foi uma tentativa ousada de trazer a famosa obra de Tsugumi Ohba e Takeshi Obata para um público mais amplo, mesclando elementos do anime e do mangá com uma narrativa adaptada para o formato de filme. Com Nat Wolff no papel de Light Yagami e Lakeith Stanfield como o detetive L, a adaptação gerou grandes expectativas. No entanto, ela também dividiu opiniões. Vamos explorar 7 curiosidades sobre o live action de Death Note.


1. Uma Adaptação Americana da História Japonesa

Ao contrário do anime original, que se passa no Japão, o live action de Death Note foi ambientado nos Estados Unidos, mais especificamente em Seattle. Essa mudança de localização foi uma das primeiras decisões que gerou debate entre os fãs. Embora alguns apreciem a adaptação para um cenário mais ocidental, outros acham que a mudança tirou parte da essência do ambiente original que havia sido estabelecido no mangá e no anime.


2. A Representação de L e Light Yagami

Em termos de personagens, a adaptação do live action alterou bastante a personalidade de Light Yagami e L. Light, interpretado por Nat Wolff, é mais impulsivo e emocional em comparação ao seu contraparte no anime, enquanto L, vivido por Lakeith Stanfield, é mais carismático, mas com menos da sua excentricidade e isolamento emocional. Embora as performances dos atores tenham sido elogiadas, essas diferenças no comportamento dos personagens deixaram muitos fãs desapontados com a abordagem.


3. O Caderno da Morte (Death Note)

O Death Note em si, o caderno que dá nome à obra, também sofreu algumas mudanças. Enquanto no anime e mangá o caderno possui uma aparência simples e quase sem características especiais, no live action, o Death Note é mostrado de forma mais elaborada, com uma capa de aparência mais macabra. No entanto, a essência do caderno como um instrumento de poder e maldição é mantida, e seu papel no desenrolar da história continua central.


4. A Reinterpretação de Ryuk

O personagem Ryuk, o shinigami que originalmente deixa o Death Note cair na Terra, também sofreu algumas mudanças significativas. Interpretado por Willem Dafoe, o Ryuk do live action tem uma aparência mais sombria e um design mais digitalizado em comparação ao anime, mas mantém a essência de ser uma figura intrigante e manipuladora. A performance de Dafoe foi uma das mais elogiadas no filme, principalmente por sua capacidade de dar vida a esse personagem, misturando humor negro e uma aura ameaçadora.


5. Mudança no Final da História

Um dos maiores pontos de controvérsia do live action de Death Note é o final. Ao invés de seguir a complexidade e os dilemas morais do final do anime e mangá, a adaptação apresenta uma conclusão mais simplificada e abrupta. Sem entrar em spoilers, podemos dizer que o desfecho do filme é significativamente diferente, e ele opta por dar um ponto final mais “direto” à rivalidade entre Light e L. Isso dividiu os fãs que esperavam uma resolução mais complexa, como a do material original.


6. A Representação do Tema de Justiça

Assim como a obra original, o live action de Death Note lida com temas profundos de justiça, moralidade e as consequências das ações humanas. Light Yagami, ao usar o caderno para eliminar criminosos, continua a questionar a natureza da justiça, enquanto L representa a justiça tradicional e a busca pela verdade. O filme tenta explorar essas questões, mas muitos fãs sentiram que a adaptação simplificou a profundidade filosófica que o anime e mangá ofereciam.


7. A Recepção do Público

O live action de Death Note recebeu críticas mistas de fãs e críticos. Alguns elogiaram a tentativa de trazer uma história clássica para um público novo, especialmente a performance de Willem Dafoe como Ryuk, enquanto outros apontaram falhas em relação à adaptação dos personagens e à diminuição do impacto psicológico da obra original. No entanto, o filme gerou discussões sobre a dificuldade de adaptar um material tão rico e complexo para o cinema ocidental, sem perder suas raízes culturais e filosóficas.


Conclusão

O live action de Death Note trouxe tanto aspectos positivos quanto negativos à mesa. Embora tenha conseguido manter alguns elementos da história e personagens originais, a adaptação não agradou completamente aos fãs do anime e mangá. A mudança de cenário, a alteração nas personalidades dos personagens e o final diferente foram pontos controversos, mas o filme também trouxe uma visão única dessa história icônica. Death Note, em qualquer formato, continua a ser uma das obras mais impactantes quando se trata de discutir a natureza da justiça e do poder humano.

Sair da versão mobile