Arquitetura biofílica: a relação humano e natureza

Projeto: Soul Garden House / SpaceFiction Studio. Foto: Monica Sathe Photography – ArchDaily

Na arquitetura, a relação com a natureza sempre foi um ponto amplamente discutido, afinal de contas projetos são espaços sempre inseridos num determinado ambiente. Com a urbanização em massa pós-revolução industrial, essa relação arquitetura x humano x natureza começou a se desgastar, e desde os anos 80 vem sendo amplamente discutida por biólogos. É por isso que, na arquitetura atual, profissionais vêm aplicando conceitos da arquitetura biofílica em seus projetos.

O termo “Biofilia” vem do grego, e significa “amor às coisas vivas”. Na arquitetura, sua aplicação se dá pela definição e escolha de elementos e materiais naturais dentro do projeto, a fim de constituir um bem-estar e conforto ao usuário, garantindo sua saúde e reconectando-o à natureza, mesmo estando em ambientes internos.

As estratégias mais representativas do estilo são: Valorização da ventilação e iluminação naturais e a relação de luz e sombra nos mantendo conectados ao ciclo total do tempo durante o dia; A aplicação de materiais expostos em seu estado bruto, como madeiras e pedras naturais; A utilização de água em espelhos d’água ou até mesmo fontes ornamentais e; A concepção formal do projeto em si, priorizando em seu volume arquitetônico traços orgânicos (mais arredondados) inspirados na natureza e fugindo de traços retos e contemporâneos. Somado a isso, o principal ponto a ser discutido: paisagismo. A abundância da vegetação inserida em pontos visíveis, criando áreas verdes que proporcionam uma nova conexão entre o humano e a natureza.

A utilização da biofilia em projetos arquitetônicos e de interiores é de extrema importância, uma vez que presenciamos nas cidades o crescimento urbano acelerado e com um planejamento que não elege a natureza como prioridade. Num país como o Brasil, em que a diversidade natural é grande, o design Biofílico pode e deve ser usado em projetos residenciais, comerciais e principalmente corporativos, pois garantem efeitos positivos no bem-estar, na saúde e na produtividade humana.

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