Localizado em Maringá, o Baco Espaço Gastronômico tem a proposta de integrar vários ambientes e encontros num único ponto. O espaço foi projetado pelo Studio Ambienta, dos sócios André Largura e Giovana Kimak, escritório multiplataforma que trabalha em diversas áreas da arquitetura, interiores, cenografia e artes visuais. Tais experiências foram fundamentais para o projeto. “A proposta do Espaço Gastronômico Baco foi reunir em um mesmo complexo um bistrô, um lounge bar, um espaço para confraria, um ambiente para confraternização em família e um espaço reservado para pequenos grupos. […] O eixo principal do projeto é a galeria de entrada que integra todos os ambientes.” pontua a arquiteta Giovana Kimak, sobre os setores do projeto. Todos os ambientes têm muita personalidade e aconchego, garantida pela escolha de materiais e projeto luminotécnico certeiro. Segundo a arquiteta, “Os materiais naturais além de trazer personalidade e originalidade, trazem conforto visual e atemporalidade. […] A iluminação é fundamental em qualquer projeto pois enriquece os detalhes e cria uma atmosfera cênica.” Há o protagonismo de uma grande adega em vidro, deixando os vinhos expostos no coração do espaço e fazendo referência a Baco, deus romano do vinho, nome do estabelecimento. Para a arquiteta, a experiência completa nesses espaços é o maior objetivo do projeto. “[…] atualmente os clientes buscam experiências sensoriais. Por este motivo é de suma importância uma fusão entre o projeto e a gastronomia.” Confira a seguir a entrevista com a arquiteta Giovana Kimak, uma das responsáveis pelo projeto.
Igor Mendes – Qual a história do escritório Studio Ambienta e sua relação com o projeto do Baco e a cidade de Maringá?
Giovana Kimak – O Studio Ambienta é um escritório multiplataforma, os sócios André Largura e Giovana Kimak têm diferentes formações acadêmicas que se complementam nos segmentos de arquitetura, interiores, paisagismos, cenografia e produção/criação em diversos segmentos de artes visuais. O escritório participou de 10 mostras da Casa Cor Paraná, entre outros eventos, acumulando prêmios locais, regionais e nacionais. Fomos contratados pelo Genir Pavan para idealizar o primeiro Baco (2006) na Zona 1, e a partir daí foi uma parceria de sucesso desenvolvendo vários projetos para o Grupo Pavan.
IM – O restaurante conta com mais de um salão com ambientações românticas, clássicas e sofisticadas. Como foi o processo de setorização no projeto?
GK – A proposta do atual Baco / Espaço Gastronômico Baco foi reunir em um mesmo complexo, um bistrô (gastronomia internacional), um lounge bar (descontraído e informal), um espaço para confraria (no subsolo), um ambiente para confraternização em família (gazebo) e um espaço reservado para pequenos grupos sejam de negócios ou de amigos. O eixo principal do projeto é a galeria de entrada que integra todos os ambientes, fator importante para a concepção do projeto, pois valoriza através das grandes aberturas o projeto paisagístico. O projeto de arquitetura de interiores teve a preocupação de criar uma identidade única que se complementa com a experiência gastronômica do Baco.
IM – Os materiais e acabamentos escolhidos são naturais, tijolo aparente e em serralheria, que se destacam graças a uma iluminação bem pensada e intimista. Quais foram as intenções por trás dessas escolhas de texturas e iluminação?
GK – Os materiais naturais além de trazer personalidade e originalidade, trazem conforto visual e atemporalidade, evitando modismos e excessos estéticos. A iluminação é fundamental em qualquer projeto pois enriquece os detalhes e cria uma atmosfera cênica. O projeto luminotécnico do Baco foi assinado pela Kelvin lighting design, que teve total sinergia com o nosso conceito. Os ambientes são todos dimerizados e valorizam a arquitetura e a experiência gastronômica.
IM – Outro destaque é a grande adega em vidro, deixando os vinhos expostos, elemento muito comum em restaurantes de culinária italiana. Qual a intenção da inserção desse elemento no salão?
GK – Baco é o Deus Romano do vinho. A idealização da adega central foi um pedido do proprietário Genir Pavan. Localizada no coração do complexo, destaca as centenas de rótulos e é a protagonista do Baco.
IM – Qual o principal impacto do projeto, visual ou não, para os usuários do espaço, em sua visão como arquiteta?
GK – Acreditamos que sejam um conjunto de fatores… aplicação dos materiais, sutileza dos detalhes, iluminação equilibrada, conforto termo-acústico, ergonomia…. atualmente os clientes buscam experiências sensoriais. Por este motivo é de suma importância uma fusão entre o projeto e a gastronomia.