Fotografia – Arquitetura em Perspectiva

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Foto: Gabriel Rodrigues

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No âmbito da arquitetura o impacto visual dos projetos, não só arquitetônicos mas também de interiores, é de extrema importância para o seu observador. Desde a invenção da fotografia, por muitas vezes a arquitetura foi protagonista nos registros enquanto arte ou documentação histórica. Em nossos tempos atuais, experienciar arquitetura somente pela imagem infelizmente acaba fazendo muito mais sentido do que a experiência física nos espaços, o que pode causar certas decepções ao presenciarmos edifícios que observamos anteriormente somente por registros fotográficos datados e previsíveis. Isso acontece porque a arquitetura não é somente visual, tampouco de só uma perspectiva e de um único momento. A arquitetura é viva, a cidade é viva e o tempo é algo implacável. 

Como diz Jeremy Till, arquiteto britânico e autor do livro Achtecture Depends (Arquitetura Depende), “A fotografia permite que esqueçamos o que veio antes […] e o que está por vir depois […]. Ela congela o tempo. A fotografia de arquitetura ‘eleva o edifício para fora do tempo’ e proporciona um consolo para os arquitetos que podem sonhar por um momento que a arquitetura é um poder estável existente por sobre as marés do tempo”. A fotografia do projeto registra o momento de sua glória mas pode e deve registrar outros de seus momentos, pois a beleza da arquitetura está justamente nisso: nas pessoas que usam, que transitam, que mudam e fazem acontecer a história. 

Por isso, a fotografia de arquitetura não deve somente guardar um momento daquele edifício, mas sim traduzir sua história em frações do tempo. Para se expressar, realmente, a arquitetura de um espaço é necessário perceber seu comportamento ao longo do tempo. É preciso inserir pessoas em sua fotografia. É preciso mudar perspectivas e descobrir novos ângulos de um mesmo espaço. É preciso observar o mesmo elemento arquitetônico em diferentes momentos. É preciso entender a história daquele edifício, passado e presente. Assim, podemos demonstrar em vários registros, a real beleza paradoxal da arquitetura: não ser estável.

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