O resgate do projeto Ágora

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Reunião sobre os detalhes da nova obra. Foto: Site da Prefeitura / Mileny Melo

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Em meados dos anos 70, o então prefeito de Maringá Silvio Barros iniciou estudos para desobstrução do centro da cidade, visando uma modernização e urbanização tendo como uma das intenções a retirada da linha férrea. Na década seguinte, na gestão liderada por Said Ferreira, a reestruturação da área foi projetada por um dos maiores representantes da arquitetura moderna no Brasil, Oscar Niemeyer. O arquiteto apresentou o projeto Ágora, na época localizado entre as avenidas São Paulo e Paraná, propondo superquadras com vários equipamentos públicos, prédios residenciais, comerciais, auditório e hotéis. 

Por conta da inviabilização financeira devido a monumentalidade proposta pelo arquiteto, o projeto foi engavetado. No início dos anos 90, o então prefeito Ricardo Barros revisitou o Ágora solicitando alterações à Oscar que apresentou um novo projeto dessa vez aprovado como “Plano Ágora de Maringá”, mas acabou sendo inviabilizado novamente por conta de debates de grandes empresários da época. Agora, 40 anos após os projetos iniciais, o prefeito Ulisses Maia anunciou no último dia 05/01 que vai resgatar o projeto, em reunião realizada com a presença do presidente da Câmara, Mário Hossokawa, o chefe de gabinete, Domingos Trevisan, o deputado federal Ricardo Barros e a ex-governadora Cida Borghetti. A nova proposta seria construir parte da ideia original das superquadras do Ágora para abrigar um Centro Cultural onde hoje temos um estacionamento entre as Avenidas Herval, Horácio Racanello e João Paulino Vieira Filho. 

Maquete ilustrativa do Centro Cultural, fração que será executada do projeto Ágora. Foto: Site da Prefeitura / Ana Laura Silva

Quando finalizada, a obra com grande relevância histórica para a cidade terá uma área de 7 mil m² dedicados a atividades culturais e lazer para a população maringaense. “O planejamento urbano e de infraestrutura de Maringá sempre priorizou uma cidade para as pessoas. O Ágora é uma prova disso. O novo Centro Cultural vai ser mais um aparelho de valorização da cultura, complementando o Eixo Monumental, obra de revitalização que entrará para a história de Maringá” reforçou o prefeito Ulisses Maia. O objetivo é realizar uma readequação do projeto para as circunstâncias atuais e elaborar os projetos necessários até o final de 2021, para então iniciar os processos de licitação de execução. Desta forma, Maringá terá a segunda obra no Paraná do famoso arquiteto, junto somente com o Museu Oscar Niemeyer (MON) de Curitiba. 

Curiosidade: O projeto Ágora tem esse nome por conta da disposição arquitetônica de seus edifícios no projeto original. “Ágora” é um termo grego, que remete ao encontro de pessoas para reuniões de diferentes assuntos, que posteriormente também foi usado para denominar o espaço em que essas reuniões aconteciam, um ambiente aberto definido pela localização de edificações da cidade ao redor, como uma praça. O projeto Ágora  de Oscar Niemeyer, apesar da alteração propor a divisão em três grande áreas, trazia esse mesmo conceito de encontro da população em uma grande praça aberta, circundada por edifícios de diversos usos.

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