Um ponto de elegância em Maringá, o restaurante Habanero projetado pelo escritório de arquitetura Studio Na:Escala é o projeto dessa semana. Liderada pelas arquitetas Juliana Rodelli e Nádia Borlina e com participação de Camila Farias nesse projeto, o escritório materializou o restaurante localizado na Avenida Mauá em uma linhagem contemporânea com inspiração na arquitetura art-déco. “Criamos uma mistura de estilo, o art-déco e o contemporâneo. […] Acreditamos que essa mistura de estilo traz mais personalidade e riqueza para o ambiente.” comentam as arquitetas Juliana e Nádia. Dividido em dois pavimentos, o restaurante é setorizado para receber clientes no dia a dia de refeições e também para eventos. Há um destaque para um grande bar central em mármore localizado no primeiro pavimento trazendo um ar luxuoso ao restaurante, que atua como um espaço informal de drinks e espera por mesas, elemento muito comum em restaurantes internacionais. O encontro dos dois estilos arquitetônicos foi que norteou o processo de projeto, criando um impacto visual através de cores, formas, adornos e texturas trazidos pela mistura do contemporâneo e do art-déco nos elementos internos. “Adoramos uma misturinha de estilos, e o restaurante pedia essa riqueza para o ambiente. […] O piso térreo traça bem o estilo art-déco, já no superior prevalece a casualidade de uma decoração mais despojada.” dizem as arquitetas sobre esse encontro de estilos. Confira a entrevista completa com as arquitetas Juliana e Nádia.
Igor Mendes – O Habanero é considerado um restaurante sofisticado na cidade de Maringá, e o projeto de interiores reflete muito bem essa condição. Quais elementos foram explorados por vocês na hora de garantir a identidade do restaurante?
Juliana e Nádia – Criamos uma mistura de estilo, o art-deco e o contemporâneo. As referências art-deco, estilo praticado na década de 20, é percebido nos arcos dourados, no mármore com desenhos ortogonais no balcão, nos “tapetes” de piso recortados, nos adornos dourados dos pilares marmorizados. E o contemporâneo fica para os quadros, luminárias, adega. Acreditamos que essa mistura de estilo traz mais personalidade e riqueza para o ambiente.
IM – O restaurante se apresenta em dois pavimentos. Como foi o processo de setorização dos ambientes para o projeto?
JN – A parte do térreo é para os clientes do restaurante para o dia a dia, já o pavimento superior foi setorizado em 3 ambientes, tanto para uso dia a dia do restaurante quanto para eventos. Uma porta de correr em marcenaria faz a divisão entre os ambientes, quando aberta integra tudo e quando fechada vira um lindo painel amadeirado
IM – Nos ambientes do restaurante há uma vasta aplicação de cores, em tecidos, pintura de paredes e decoração. Qual foi a intenção na utilização das cores nesses elementos?
JN – Adoramos uma misturinha de estilos, e o restaurante pedia essa riqueza para ambiente. Então trouxemos a contemporaneidade, com as cores, quadros, luminárias, a adega. Percebe-se que usamos o azul em algumas paredes, porque junto com o caramelo e dourado, que são cores complementares, causam a sensação de impacto. O piso térreo traça bem o estilo art-deco, já no superior prevalece a casualidade de uma decoração mais despojada.
IM – Um dos grandes destaques do projeto é um bar central no primeiro pavimento. Como foi a inserção desse elemento no projeto?
JN – Veio da necessidade dos clientes em ter um espaço mais informal, pra tomar um drink, comer um aperitivo, ou até para aguardar uma mesa ser liberada. E um balcão com banquetas altas faz esse papel muito bem. Ele contorna todo o bar, e chama bastante atenção por ser em mármore, dourado e iluminado.
