O que torna uma cidade desejável? Quais aspectos contribuem para a qualidade de vida em um centro urbano? No âmbito do desenvolvimento urbano existem três medidores gerais que garantem a desejabilidade de uma cidade – aspectos culturais, condições sociais e oportunidades econômicas – que têm por sua vez objetivos em comum – bem-estar, segurança pública e engajamento cívico. Para que todos esses elementos andem em conjunto no desenvolvimento de uma cidade, o diálogo entre os arquitetos e urbanistas e os formuladores de políticas públicas deve ser direto e constante, para que as atividades propostas, os centros culturais e os espaços destinados a essas ações urbanas sejam bem projetados.
A cidade se torna um espaço de qualidade quando, através de projetos arquitetônicos e urbanísticos que incentivam o crescimento e desenvolvimento territorial urbano, mantêm um senso de identidade em relação direta com a população, englobando todos os aspectos políticos e culturais necessários e desejáveis por ela – o que gosto de chamar de “crescimento apropriado”, no qual a população consegue se apropriar do espaço urbano uma vez que ele se desenvolve de acordo com a sua afinidade. A desejabilidade urbana não é um aspecto instantâneo dentro da gestão de um município. É um conjunto de ações que primeiro atrai culturalmente a população, para depois incentivar economicamente empresas e negócios, resultando em um espaço urbano diverso, correspondente e identitário.