Somos um com a fonte original

Almir Soares / Imagem: Arquivio pessoal

Bem-vindos, caros buscadores da luz do conhecimento. Eu sou Almir Soares e esta coluna é dedicada aos conhecimentos ancestrais dos antigos Mestres que passaram pelo planeta.
Eu já trouxe os ensinamentos de vários grandes Mestres e, neste momento, estou trazendo os ensinamentos recebidos pela Madame Blavatsky, trazidos a ela pelos Mestres ascensionados da Grande Fraternidade Branca, responsáveis por nossa evolução. Vamos então à continuidade:

 

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– Portanto, ao sugerir que João Batista era a revolutio ou transmigração de Elias, Jesus dá provas incontestáveis da escola a que pertencia. Mas essa doutrina da permutação, ou revolutio, não deve ser entendida como uma crença na reencarnação. Que Moisés era considerado como a transmigração de Abel e Seth não implica que os cabalistas – os que foram iniciados, pelo menos – acreditassem que o espírito idêntico de qualquer dos filhos de Adão reaparecera sob a forma corporal de Moisés. Isso apenas mostra qual o modo de expressão que empregavam para assinalar um dos mistérios mais profundos da Gnose oriental, um dos artigos de fé mais majestosos da Sabedoria Secreta. Esse modo era propositadamente velado a fim de revelar e ocultar a verdade apenas pela metade. Implicava que Moisés, como outros homens divinos, havia alcançado o maior de todos os estados sobre a Terra – o mais raro de todos os fenômenos psicológicos – a união perfeita do espírito imortal com a Díade terrestre. A Trindade estava completa. Um deus havia encarnado. Mas quão raras são essas encarnações!

A EXPRESSÃO, “SOIS DEUSES” PARA OS CABALISTAS:

A expressão “Sois deuses”, que, para os nossos estudiosos bíblicos é uma mera abstração, tem para os cabalistas um significado vital. Todo espírito imortal que se irradia sobre um ser humano é um Deus – o Microcosmo do Macrocosmo, parte e parcela do Deus Desconhecido, a Causa Primária de que ele é uma emanação direta. Possui todos os atributos de sua fonte original. Entre esses atributos estão a onisciência e a onipotência. Dotado de tais atributos, mas incapaz de manifestá-los enquanto está no corpo, durante cujo período são obscurecidos, velados e limitados pelas faculdades da natureza física, o homem habitado pela divindade pode elevar-se muito acima de seus semelhantes, pôr em evidência seus conhecimentos divinos e fazer prova de poderes deificos; pois, enquanto o resto dos mortais ao seu redor são ensombrecidos por seu EU divino, com todas as possibilidades de se tornarem imortais durante sua estada aqui, mas sem outra certeza do que seus esforços pessoais para conquistar o reino dos céus, o homem assim eleito já se tornou imortal enquanto está na Terra. Seu prêmio está assegurado. Doravante, ele viverá para sempre na vida eterna. Não apenas ele pode ter “domínio” sobre todas as obras da criação empregando a “excelência” do NOME (o inefável), mas será nesta vida, não, como Paulo afirma, “abaixo dos anjos”. (Essa contradição, que é atribuída a Paulo em Hebreus, fazendo-o dizer a propósito de Jesus no cap. I, 4: “Sendo tão superior aos anjos”, para afirmar imediatamente a seguir, no cap. II, 9: “Vemos a Jesus, que fora feito, um pouco menor que os anjos”, mostra a forma pouco escrupulosa com que os escritos dos Apóstolos foram tratados, se é que estes jamais escreveram o que quer que fosse.). Os antigos jamais sustentaram o pensamento sacrílego de que tais entidades perfeitas eram encarnações do Supremo, do Deus para sempre invisível. Nenhuma profanação da terrível Majestade ocupava qualquer lugar em suas concepções. Moisés e seus protótipos e tipos eram para eles apenas homens completos, deuses sobre a Terra, pois seus deuses (espíritos divinos) haviam penetrado seus tabernáculos santificados, os corpos físicos purificados. Os antigos chamavam deuses aos espíritos desencarnados dos sábios e heróis. Daí a acusação de politeísmo e de idolatria por parte daqueles que foram os primeiros a antropomorfizar as abstrações mais sagradas e mais puras de seus ancestrais. O sentido real e oculto dessa doutrina era conhecido por todos os iniciados. Os tannaim o comunicaram aos seus eleitos, os ozarim, nas solenes solidões das criptas e dos lugares desertos. Essa doutrina era esotérica e zelosamente guardada, pois a natureza humana era então igual à que é hoje, e a casta sacerdotal confiava tanto como hoje na supremacia de seu conhecimento, ambicionando a ascendência sobre as massas ignorantes; com a diferença, talvez, de que seus hierofantes podiam provar a legitimidade de suas afirmações e a plausibilidade de suas doutrinas, ao passo que hoje os fiéis devem se contentar com a fé cega.

Enquanto os cabalistas chamavam a essa misteriosa e rara ocorrência da união do espírito com o ônus mortal confiado ao seu cuidado, de “descida do Anjo Gabriel” (sendo este um nome genérico), o Mensageiro da Vida, e o anjo Metatron, e enquanto os nazarenos chamavam de Hibil-Ziwa o Legatus enviado pelo Senhor Excelso, ele era universalmente conhecido como o “Espírito Ungido”.

Continua…

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